Comparar Joaquim Barbosa com Eduardo Campos é uma afronta à memória do
ex-governador
Setores do PSB que arrastaram Joaquim Barbosa para o partido começam a
dizer que Joaquim Barbosa é um “nome capaz” de dar continuidade ao “projeto
presidencial” de Eduardo Campos. É uma afronta à memória do ex-governador, que
tinha ideias sobre o Brasil forjadas ao longo de uma convivência de mais de 30
anos com seu avô, Miguel Arraes. Eduardo foi seu chefe de gabinete no Palácio
do Campo das Princesas, deputado estadual, líder da Oposição na Assembleia
Legislativa, secretário de Governo e da Fazenda, deputado federal, ministro de
estado, governador e candidato a presidente da República. Joaquim Barbosa
também teve uma carreira bem sucedida, mas como membro do Ministério Público
Federal e ministro da Suprema Corte. Mas ninguém sabe o que ele pensa sobre os
grandes e graves problemas nacionais, e que soluções pretende propor para
tentar resolvê-los. Além do mais, sabendo-se que se trata de uma pessoa difícil
e incapaz de conviver com quem pensa diferente dele, é absolutamente impróprio
compará-lo ao ex-governador. É legítimo que o PSB queira ter o seu próprio
candidato a Presidência da República, mas não é tão legítimo assim o seu
oportunismo eleitoral, indo atrás de uma pessoa que não gosta da política e
cujo pensamento sobre o país é uma incógnita.
Coluna Fogo Cruzado
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