A sensação de insegurança e o medo do povo
pernambucano de sair às ruas é a principal marca do Governo Paulo Câmara na
área de segurança pública. Desde 2015, a Bancada de Oposição na Assembleia
Legislativa de Pernambuco vem chamando a atenção para o aumento da
criminalidade em nosso Estado e propondo um amplo debate com toda a sociedade
sobre os rumos e o resgate do Pacto pela Vida.
Entre os meses de janeiro e agosto deste
ano já foram cometidos quase 3.800 assassinatos, uma média de mais de 470
homicídios por mês. Desde o início do Governo Paulo Câmara, em 2015, já foram
assassinados mais de 12 mil pernambucanos. Na atual gestão, o crescimento das
mortes intencionais violentas já supera 30% e pode fechar este ano, o penúltimo
do governador no comando do Estado, em 45%. Os números levaram o sociólogo José
Luiz Ratton, um dos idealizadores do Pacto pela Vida, a considerar o programa
como falido.
Infelizmente, apesar dos diversos apelos
feitos tanto pela Oposição quanto pela sociedade civil organizada, o Governo do
Estado não parece disposto a levar adiante um debate franco sobre a política
estadual de segurança. Muito pelo contrário, optou este ano por eliminar o
último dos princípios do programa de combate à criminalidade que ainda estava
de pé, a transparência. Os dados, antes disponibilizados quase diariamente, são
divulgados agora 15 dias após o encerramento do mês, e sem o detalhamento que
permitia às entidades civis e à comunidade científica traçar estudos como os
perfis das vítimas do crime em nosso Estado.
Além da falta de transparência, a falta de
diálogo com os agentes de segurança e o déficit de policiais ficou evidenciado
com o fim do Programa de Jornada Extra de Segurança (Pjes). Com o fim da
jornada extra, a realidade nos batalhões do litoral ao sertão é de falta de
homens para patrulhamento ostensivo, o que repercute no crescimento da
criminalidade, principalmente no Interior.
A Bancada de Oposição cobra, mais uma vez,
a apresentação de um plano estratégico para a redução da criminalidade em nosso
Estado, além do debate aberto com a sociedade pernambucana sobre as iniciativas
necessárias para redução da violência Afinal, o Pacto pela Vida só deu certo
enquanto foi encarado como uma ação do povo pernambucano, não de um governo ou
de um partido como é encarado agora pelo atual Governo do Estado.
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