Depois do Código
Florestal, que dita regras sobre as áreas florestais dentro de propriedades
privadas no país, a nova frente de batalha que começa a ser travada no
Congresso Nacional é contra as áreas protegidas por lei. Unidades de
Conservação, Terras Indígenas e assentamentos da reforma agrária são os novos
alvos da bancada ruralista que quer transformar o Brasil no quintal do
agronegócio.
Para tanto, os
parlamentares representantes da parcela mais atrasada da economia não medem
esforços e estão atacando por todos os lados. Em nome de um suposto progresso
econômico, eles querem a abertura de mais áreas de floresta, não se importando
com o avanço do desmatamento e na violação dos direitos de povos tradicionais
como os indígenas. Precisamos agir agora contra o desmatamento.
As áreas protegidas são
as últimas barreiras que ainda conseguem fazer frente à expansão desenfreada da
fronteira agrícola no Brasil. E por isso mesmo elas estão sofrendo uma forte
ofensiva, com direito a projetos de lei, emendas à Constituição e diversas
outras medidas que atentam contra a sua manutenção e preservação.
Na esteira do ataque
aos povos indígenas já estão programados ataques aos direitos trabalhistas, ao
controle dos agrotóxicos e às regras para compra de terras por estrangeiros.
Não podemos deixar que isso ganhe força. A sociedade está unida para defender
os povos nativos – brasileiros como eu e você.
Brasília não está
correspondendo ao apelo das ruas por mais cidadania e respeito aos direitos do
povo. Os índios também são o povo, e levaram suas demandas ao governo. Mas
estão sendo mais desrespeitados do que nunca. Vamos nos unir a eles. Colabore
com a gente para que possamos manter nossas campanhas na rua em nome da
proteção das florestas e daqueles que as habitam e defendem.
Por - Danicley Saraiva
Coordenador da Campanha
Amazônia
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