A bandeira
tarifária vermelha é acionada quando é preciso ligar usinas termelétricas, que
produzem energia com custo maior que as hidrelétricas
A bandeira
tarifária vermelha de patamar 1 deve continuar a elevar o preço das contas de
luz até o fim do período seco, em novembro, quando o volume de chuvas deve
aumentar e elevar o nível dos reservatórios de hidrelétricas brasileiras. A
previsão é do diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS),
Luiz Barata.
A bandeira
tarifária vermelha é acionada quando é preciso ligar usinas termelétricas, que
produzem energia com custo maior que as hidrelétricas.
“As nossas
avaliações são de que, ao longo do período seco, o preço vai subir, porque cada
vez mais vamos precisar das usinas térmicas. Se o lado benéfico delas é o fato
de serem presumíveis e gerenciáveis e termos o controle dos combustíveis, o
outro lado é serem mais caras”, disse Barata.
Segundo o
diretor do ONS, em novembro, os reservatórios do Sudeste estarão com 20% da
capacidade, e os do Nordeste, possivelmente abaixo dos 10%.
Quando a
bandeira vermelha patamar 1 está em vigor, os consumidores pagam R$ 3 a mais
para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Em 2017, a bandeira patamar 1
está em vigor desde abril.
Campanha de
conscientização
Barata
informou que o governo pretende fazer uma campanha para estimular o uso de
energia elétrica sem desperdícios. No entanto, segundo ele, não há previsão de
racionamento.
“Não há
risco de desabastecimento, mas existe quase uma certeza de encarecimento de
energia, que às vezes só aparece no ano que vem, quando houver o reajuste
tarifário.”
O
diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino,
disse que a proposta da campanha já foi discutida em reunião do Comitê de
Monitoramento do Setor Elétrico e que a medida deve ser lançada no segundo
semestre.
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