Conhecemos dona
Rosangela há dois meses, quando telefonamos para dar a dolorosa notícia de que
sua filha, nossa colega Ana Paula Maciel, estava entre os 30 presos na Rússia
por um protesto pacífico pelo Ártico.
Apesar da distância –
dona Rosangela vive em Porto Alegre e nós, em São Paulo –mantivemos contato
diário com ela, informando cada novo passo dessa complicada e insana história
de injustiça.
Era natural que nossa
relação com dona Rosangela se estreitasse, afinal compartilhávamos a dor da
incerteza sobre o futuro de Ana. Aprendemos rapidamente a admirar a força desta
mulher que, apesar da tristeza, manteve a fé e o orgulho pela filha.
Também era inevitável
pensar que essa mãe poderia ser a minha ou de qualquer outro colega do
Greenpeace. Por isso, nosso maior desejo era devolver Ana Paula sã e salva aos
braços da mãe.
Essa cena finalmente se
realizou no domingo, quando dona Rosangela desembarcou no aeroporto de São
Petersburgo e foi recebida pela filha com um carinhoso e longo abraço. Daqui do
Brasil, com o coração apertado, assistimos tudo pela televisão e respiramos
aliviados.
Dona Rosangela e Ana
Paula sabem que a história ainda não acabou. Apesar de estarem fora da cadeia,
Ana Paula e todo o grupo dos 30 do Ártico ainda estão sendo processadas por
pirataria e vandalismo, duas acusações muito distantes do que significa atuar
pelo Greenpeace. Além disso, nosso colega australiano Colin Russell teve a
fiança negada e continua atrás das grades.
Por isso, não podemos
esmorecer agora. A pressão das pessoas nas ruas foi fundamental para mudar os
rumos dessa história. Mas ela só vai acabar quando todas as acusações forem
derrubadas, nossos ativistas puderem voltar para casa e o navio Arctic Sunrise
estiver novamente livre para navegar pelos quatro cantos do mundo.
Precisamos de sua
ajuda! Assine a petição e some-se ao coro daqueles que acreditam na justiça.
Peça às autoridades russas para extinguirem esse processo. Afinal, ativismo
pacífico não pode ser confundido com pirataria ou vandalismo. Junte-se a nós,
doe para o Greenpeace.
Por/Fabiana Alves-Coordenadora da
Campanha Clima e Energia-Greenpeace Brasil
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