Cientistas da Rússia disseram nesta segunda-feira, 13, que esperam que a
primeira vacina contra o novo coronavírus do mundo seja distribuída já no mês
que vem. A notícia veio após a conclusão dos ensaios clínicos com voluntários.
“A pesquisa foi concluída e provou que a vacina é segura”, disse Yelena
Smolyarchuk, chefe do centro de pesquisa clínica da Universidade Sechenov, à
agência de notícias russa TASS.
Com isso, a previsão é que o imunizante seja registrado e entre em
“circulação civil” entre os dias 12 e 14 de agosto. Já o início da produção em
massa é aguardado até setembro por parte de empresas privadas.
Testes com a vacina russa
Os testes foram iniciados em junho e envolveram dois grupos. O primeiro
era formado por 38 voluntários saudáveis, com idades entre 18 e 65 anos. Na
mesma época, os militares russos iniciaram outro ensaio clínico paralelo de dois
meses com mesma vacina, desenvolvido pelo Centro Nacional de Pesquisa Gamalei
para Epidemiologia e Microbiologia.
Todos os voluntários passaram 28 dias isolados para protegê-los da
exposição a outras infecções. Os testes mostraram que eles formaram uma
resposta imune após injeções e não desenvolveram nenhuma reação atípica. Apenas
alguns deles tiveram dores de cabeça e uma temperatura corporal elevada, que
desapareceu em 24 horas.
Atualmente, existem pelo menos 21 vacinas em estágio mais avançado de testes
em humanos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Duas delas
estão no Brasil: a de Oxford e a do Butantan, ambas na fase 3 de testes.
Coronavírus na Rússia
A Rússia tem o quarto maior número de infecções por coronavírus do mundo,
ficando atrás apenas dos Estados Unidos, Brasil e Índia. Até o momento, são
732.547 casos e 11.422 mortes no país, de acordo com dados da Universidade
Johns Hopkins.
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