(Foto: Getty Images) |
O governo de São Paulo e a prefeitura da capital paulista anunciaram
nesta sexta-feira, no Palácio dos Bandeirantes, a passagem da cidade da fase
laranja para a amarela do Plano São Paulo, que completa um mês na próxima
semana. Com isso, salões de beleza, bares e restaurantes poderão reabrir desde
que respeitem os protocolos de segurança já firmados com as autoridades a
partir do dia 6 de julho, uma segunda-feira. Uma avaliação será feita na
próxima sexta-feira para verificar o status desses estabelecimentos.
Segundo o Plano São Paulo, a fase amarela permite o funcionamento parcial
dos bares e restaurantes mediante as seguidas condições: funcionamento de salão
somente ao ar livre, capacidade total limitada a 40%, horário reduzido (seis
horas seguidas) e adoção dos protocolos padrões e setoriais específicos durante
a pandemia do novo coronavírus.
O governador João Doria também anunciou a sexta fase da quarentena no
estado. Ela vai durar de 29 de junho a 14 de julho. “Nenhuma pessoa no estado,
rica ou pobre, está livre do risco da doença”, falou o tucano.
Doria disse que até a próxima quarta-feira deve receber autorização da
Anvisa para começar os testes da vacina contra o novo coronavírus em nove mil
voluntários.
Doria fez questão de lembrar de, apesar do aumento do número absoluto de
casos (81 mil para 139 mil de maio para junho) e óbitos (5.240 para 6.144), o
percentual desses dois pontos vem diminuindo.
Dos destaques negativos, Campinas, Sorocaba e Presidente Prudente seguem
na fase vermelha do Plano São Paulo.
O prefeito Bruno Covas anunciou que irá fechar o hospital de campanha do
Pacaembu (200 leitos) na próxima segunda-feira e vai manter o do Anhembi (900
leitos). Covas falou que as internações nos hospitais de campanha estão caindo
há quatro semanas e que a unidade do Anhembi, no momento, tem condições de
atender os afetados pela doença.
O prefeito da capital paulista também falou que as medidas de
flexibilização sobre bares e restaurantes estão focados neste primeiro momento
em estabelecimentos fechados, que são a maioria da cidade. Aqueles que têm um
espaço mais abertos, comuns no centro, passarão por testes nas próximas
semanas. Covas também disse que aguarda um protocolo das autoridades sanitárias
sobre espaçamento de clientes em restaurantes e salões de beleza.
Quarentena relaxada
O relaxamento da quarentena em plena pandemia do novo coronavírus se dá
quando o número de casos na capital e no estado ainda são altos. Nesta semana,
por exemplo, o boletim epidemiológico divulgado pela prefeitura na quarta-feira
(24) apontou 18.990 novos casos em relação ao dia anterior. Esse número só foi
menor que os 19.030 novos registros do estado em 19 de junho.
A questão da Educação também vem levantando muitas discussões. O próprio
secretário da Educação, Rossieli Soares, afirmou que o plano de reabrir todas
as escolas do estado de São Paulo simultaneamente poderá ser alterado
O governo estadual, no entanto, vem insistindo na tese de que a doença
está “indo para o interior”. Em release distribuído à imprensa, o Palácio dos
Bandeirantes afirmou que “em apenas quatro dias (21 a 24 de junho), a pandemia
avançou 28,7% a mais fora da cidade de São Paulo”. Os números da capital e do
estado, entretanto, não estão “batendo”. Há uma diferença de mais de 25 mil
casos registrados na capital paulista e que não estão no levantamento estadual.
Outra questão que o governo de São Paulo vem batendo na tecla para
flexibilizar a quarentena é a queda na taxa de internações em UTIs - hoje em
torno de 63%
Por-Luiz Anversa/Yahoo Notícias
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