O governo da Argentina emitiu um alerta de perigo na fronteira com o
Brasil no Rio Grande do Sul causado pelo avanço de uma gigantesca nuvem de
gafanhotos.
O alerta, feito pelo Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agro-Alimentar
(Senasa), mostra que a nuvem veio do Paraguai e chegou à Argentina no dia 17 de
junho, pela província de Santa Fé. O país monitora a situação desde 28 de maio,
enquanto ainda estava no Paraguai.
Os ventos fortes que sopram na região podem fazer com que os insetos
cheguem nesta terça-feira (22) à província de Entre Ríos.
Autoridades de Corrientes, também na Argentina, já estão em alerta. A
cidade fica distante pouco mais de 370km de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul.
De acordo com o Ministério da Agricultura da Argentina, a nuvem de cerca
de 40 milhões do inseto do tipo sul-americano se movimentou mais de 100
quilômetros em apenas um dia.
Isso se dá pelas altas temperaturas e ao vento da região. Os insetos
podem consumir em um dia o equivalente ao que 2 mil vacas ou 350 mil pessoas
comem.
A extensão da nuvem detectada pode chegar a dez quilômetros. “Essa
invasão pela qual estamos passando neste momento não é uma novidade, pois, nos
anos anteriores, tivemos uma situação semelhante. Era previsível que, em 2020,
esse cenário se repetisse, estamos tentando acompanhar a situação”, explicou
Héctor Medina, coordenador do Senasa.
As nuvens de gafanhoto costumam surgir quando ocorre um aumento exagerado
na quantidade de gafanhotos de uma região. Esse aumento populacional está
ligado a mudanças climáticas. Na falta de comida, eles se aglomeram e se
deslocam em busca de alimentos.
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