Ah… A Lava-Jato,
como se sabe, não pegou Lula — e acho que nem vai pegar. Também não vai
importunar Dilma. Tudo leva a crer que vai consolidar a farsa de que o petrolão
foi uma tramoia unindo empreiteiros maus e políticos de segunda linha. Mas
causou ao menos uma dificuldade para Lula — e, por óbvio, expõe a natureza do
que ele fazia.
Suas palestras minguaram. Na verdade, elas praticamente acabaram, até porque 38,57% da sua parolagem remunerada foi paga por empreiteiras investigadas na operação.
Segundo informa reportagem da Folha, de março do ano passado, quando começou a Lava-Jato, até junho deste ano, o Apedeuta concedeu apenas seis palestras pagas — uma a cada 75 dias. Nos cinco primeiros meses deste ano, houve apenas um convite. Comparem: de 2011 até o início da operação, foram nada menos de 64 eventos Brasil e mundo afora — um a cada 18 dias.
Suas palestras minguaram. Na verdade, elas praticamente acabaram, até porque 38,57% da sua parolagem remunerada foi paga por empreiteiras investigadas na operação.
Segundo informa reportagem da Folha, de março do ano passado, quando começou a Lava-Jato, até junho deste ano, o Apedeuta concedeu apenas seis palestras pagas — uma a cada 75 dias. Nos cinco primeiros meses deste ano, houve apenas um convite. Comparem: de 2011 até o início da operação, foram nada menos de 64 eventos Brasil e mundo afora — um a cada 18 dias.
Por que será que as empresas e os negociantes começaram a ficar com medo de Lula? Desde que os empreiteiros começaram a ser presos, o Babalorixá de Banânia não recebeu mais nenhum convite desse setor para falar.
Já escrevi e reitero aqui: não há mal nenhum em um presidente da República, no exercício de sua função, defender empresas brasileiras no exterior. Os governos da Suécia, dos EUA e da França fizeram no Brasil a defesa dos caças de seus respectivos países.
É preciso distinguir essa atividade, que é parte das atribuições de um governante, do lobby vicioso, que é aquele exercido por uma figura poderosa da República, com amplo acesso aos negócios do estado.
Indagada sobre os números, a direção do Instituto Lula deu uma resposta grosseira: o foco do ex-presidente “não é o lucro, diferente de uma empresa privada como o Grupo Folha, que publica a Folha de S.Paulo”, mas sim “trabalhar pelo Brasil, sempre dentro da lei”. E emendou: “Fazer palestras é apenas o exercício legal e legítimo que ele tem de ter um trabalho e uma fonte de renda”.
Opa! Lula tem fonte de renda. Recebe duas aposentadorias que somam perto de R$ 10 mil — por invalidez e como perseguido político (acreditem!). Tem ainda à sua disposição, como ex-presidente, dois carros de luxo, sem limite de gasolina, e oito funcionários. Nota: até Collor, que foi cassado, conserva essas regalias.
Mais: a empresa que edita a Folha, privada que é, também busca o lucro, é claro! E, até onde se sabe, o faz dentro da lei. E, como se sabe, lucro não é pecado nem é crime. Inaceitável é um político usar as regalias que lhe garante o cargo que ocupou ou ocupa para fazer negócios escusos ou obscuros.
Entre 2011 e 2014, segundo revelou a VEJA, A LILS, empresa de palestras do ex-presidente, recebeu a bagatela de… R$ 27 milhões. Para ficar nos termos do Instituto Lula, isso é que é “fonte de renda”!!!
Lula poderia doar ao menos a aposentadoria de “perseguido pela ditadura” para as criancinhas pobres, né? Em vez disso, como a gente sabe, as suas ex-criancinhas também enriqueceram.
Reportagem/Reinaldo
Azevedo
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