Para reduzir custos, o governo quer mudar o programa Farmácia Popular,
que oferta remédios gratuitos ou com desconto de até 90% e que atendeu 10,1
milhões de pessoas em outubro. O ministro Ricardo Barros (Saúde) afirmou que
quer alterar o modelo de pagamento para as 30 mil farmácias particulares credenciadas,
visando economizar até R$ 600 milhões dos R$ 2,7 bilhões gastos anualmente.
Hoje, as farmácias recebem reembolso pelos produtos entregues baseado em
uma tabela com valores de referências já definidos. Barros quer renegociar
isso, definindo um cálculo que embuta preço no atacado e 40% de margem para
compensar os custos de aquisição e distribuição dos remédios.
Para representantes do setor, a iniciativa pode inviabilizar o programa,
criado no governo Lula. Segundo a associação das redes de drogarias, os preços
sugeridos não compensarão os custos. “Nos parece perigoso que um dos poucos
êxitos seja ameaçado”, diz Antônio Britto, da Associação da Indústria
Farmacêutica de Pesquisa. Barros nega que haja desmonte do Farmácia Popular e
afirma que pode voltar a distribuir todos os remédios apenas no SUS se não
houver acordo.
Reportagem/Waldiney Passos
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