Na manhã do último sábado o centro da capital paulista ficou mais próximo do Ártico. Um caricato milionário em cima de uma bomba de gasolina banhava um urso polar com petróleo, em pleno Viaduto do Chá. Nossos ativistas realizaram uma intervenção para mostrar que as ameaças ao Ártico são um problema global e suas consequências estão muito mais próximas do que se imagina.
Além do urso banhado de óleo, ursos
“sem lar” passeavam pelo viaduto. Os grafiteiros Feik e Bonga completaram o
cenário confeccionando um painel que mostrava as ameaças que derramamentos
podem trazer à fauna e a todo o ecossistema.
E neste exato momento o Ártico está
sob ataque: empresas petrolíferas realizam testes sísmicos no mar para mapear a
região e definir pontos de perfuração, afetando a vida marinha e dando mais um
passo em direção à exploração de petróleo. O navio do Greenpeace Arctic Sunrise
está vigiando o entorno para denunciar essas práticas e confrontar pacificamente
as embarcações da Rosneft.
Fortemente ameaçado pela exploração,
o Ártico já apresenta sinais avançados de degelo, o que altera radicalmente o
ecossistema da região. Na realidade, enquanto o degelo deveria ser visto como
um grande risco para o Ártico, as empresas de petróleo se aproveitam dessa
situação para perfurar poços em lugares antes inalcançáveis.
A maior petrolífera estatal do mundo,
a russa Rosneft, assinou recentemente acordos com outras gigantes do petróleo
como Shell, ExxonMobil, BP e Statoil para perfuração em conjunta no mar ártico,
aproveitando a fraqueza de regulamentos e normas de segurança do governo da
Rússia. Dona de mais de um milhão de quilômetros quadrados de blocos
licenciados para exploração no Ártico, a Rosneft é lider em vazamento de óleo
no mundo.
Participe! Conheça a campanha e
assine a petição em www.salveoartico.org.br
Renata Nitta
Coordenadora da Campanha Clima e
Energia
Greenpeace
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