Farsa: em 2016, o então deputado federal
Danilo Cabral acusou adversários do PSB de terem quebrado uma tubulação para
impedir que a água da barragem de Siriji chegasse a Surubim
Concluindo alguns assuntos relativos ao
modus operandi do PSB nas eleições de Surubim, abordamos suas estratégias de
campanha às vésperas do pleito. Algumas delas foram desmascaradas depois.
Exemplificamos a acusação de que seus adversários haviam quebrado as tubulações
que trariam água do Siriji para resolver a falta d’água nas torneiras da nossa
população, a poucos dias da eleição municipal de 2016. o então deputado federal
Danilo Cabral acusou em vídeo e em entrevistas de rádio, adversários do PSB de
terem quebrado uma tubulação para impedir que a água da barragem de Siriji
chegasse a Surubim
O momento era de crise hídrica. Soube-se
depois que essa artimanha foi uma farsa. O pior é que a encanação do Siriji se
transformou num grande elefante branco e hoje não tem mais serventia. Outras
têm se repetido, ninguém tem bola de cristal para suas confirmações, mas a
coincidência de fatos nos deixa intrigados. Em último caso, recomenda-se um
banho de sal grosso a cada vez que se armarem o circo para novas caminhadas
eleitorais.
Reportemo-nos a campanhas passadas; numa
delas, em 2012, Véia de Aprígio teve seu carro atingido por balas no percurso
entre Limoeiro e Vitória de Santo Antão. Na campanha deste ano, o filho dela
foi alvo de um atentado a balas em circunstâncias semelhantes e foi eleito
vereador com ampla votação. Noutra, às vésperas do pleito de 2016, Ana Célia
caiu num fosso, deixou de participar dos comícios e não teve dificuldades para
vencer a eleição.
É claro que os possíveis atentados a balas
não partiram da cúpula da oposição como se quis insinuar. Seria a mesma coisa
que os dirigentes de agremiações de futebol, em jogos de seus times, mandassem
atirar pedras no campo em partidas de seus clubes realizadas "em
casa". Obviamente seriam punidos com perdas de mando de campo. Isso é
elementar. Querer atribuir ao candidato adversário esses desmandos é apostar na
ingenuidade da população.
Sabemos que uma comoção pública às vésperas
do pleito pode mudar o resultado de uma eleição e partidos políticos quando
descobrem que estão perdidos valem-se desse expediente. Atentados aos
candidatos ou a parentes próximos têm se tornado muito frequentes. Acontece que
cada vez mais se acredita menos na veracidade dessas tentativas de crimes. Não
entendam que estamos dizendo que esses atentados foram armações, mas, sim que o
eleitorado tem perdido a crença na veracidade desses possíveis crimes.
Reportagem: Correio do Agreste - Fernando
Farias Guerra
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