BLOG DO EDINHO SOARES: O 'modus operandi' do PSB nas eleições de Surubim

quinta-feira, 10 de outubro de 2024

O 'modus operandi' do PSB nas eleições de Surubim

Farsa: em 2016, o então deputado federal Danilo Cabral acusou adversários do PSB de terem quebrado uma tubulação para impedir que a água da barragem de Siriji chegasse a Surubim

 
 Concluindo alguns assuntos relativos ao modus operandi do PSB nas eleições de Surubim, abordamos suas estratégias de campanha às vésperas do pleito. Algumas delas foram desmascaradas depois. Exemplificamos a acusação de que seus adversários haviam quebrado as tubulações que trariam água do Siriji para resolver a falta d’água nas torneiras da nossa população, a poucos dias da eleição municipal de 2016. o então deputado federal Danilo Cabral acusou em vídeo e em entrevistas de rádio, adversários do PSB de terem quebrado uma tubulação para impedir que a água da barragem de Siriji chegasse a Surubim
 
O momento era de crise hídrica. Soube-se depois que essa artimanha foi uma farsa. O pior é que a encanação do Siriji se transformou num grande elefante branco e hoje não tem mais serventia. Outras têm se repetido, ninguém tem bola de cristal para suas confirmações, mas a coincidência de fatos nos deixa intrigados. Em último caso, recomenda-se um banho de sal grosso a cada vez que se armarem o circo para novas caminhadas eleitorais.
 
Reportemo-nos a campanhas passadas; numa delas, em 2012, Véia de Aprígio teve seu carro atingido por balas no percurso entre Limoeiro e Vitória de Santo Antão. Na campanha deste ano, o filho dela foi alvo de um atentado a balas em circunstâncias semelhantes e foi eleito vereador com ampla votação. Noutra, às vésperas do pleito de 2016, Ana Célia caiu num fosso, deixou de participar dos comícios e não teve dificuldades para vencer a eleição.
 
É claro que os possíveis atentados a balas não partiram da cúpula da oposição como se quis insinuar. Seria a mesma coisa que os dirigentes de agremiações de futebol, em jogos de seus times, mandassem atirar pedras no campo em partidas de seus clubes realizadas "em casa". Obviamente seriam punidos com perdas de mando de campo. Isso é elementar. Querer atribuir ao candidato adversário esses desmandos é apostar na ingenuidade da população.
 
Sabemos que uma comoção pública às vésperas do pleito pode mudar o resultado de uma eleição e partidos políticos quando descobrem que estão perdidos valem-se desse expediente. Atentados aos candidatos ou a parentes próximos têm se tornado muito frequentes. Acontece que cada vez mais se acredita menos na veracidade dessas tentativas de crimes. Não entendam que estamos dizendo que esses atentados foram armações, mas, sim que o eleitorado tem perdido a crença na veracidade desses possíveis crimes.
 
Reportagem: Correio do Agreste - Fernando Farias Guerra

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