A tentativa do governador baiano Jaques Wagner (PT) de convencer o
colega comandante do Executivo de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), de desistir
da disputa pela presidência da República em 2014 não ficou apenas no discurso
que ele fez no seminário Diálogos Capitais – Nordeste, em Recife, na
segunda-feira (25).
Nota da coluna Painel, da Folha de São Paulo, nesta
quarta-feira (27), afirma que Wagner se reuniu com Campos por longas horas
"em um jantar que varou a madrugada" na capital pernambucana.
Coordenador da campanha de reeleição da presidente Dilma
Rousseff no Nordeste no ano que vem, o governador da Bahia tem como uma das
principais missões no período pré-eleitoral exatamente tirar da cabeça do
socialista a ideia de bater chapa com o PT.
Em palestra no seminário, Wagner sugeriu a Eduardo Campos,
indiretamente, que em 2018 ele pode ser o cabeça de chapa da base governista.
"Posso falar que em 2018 a gente vai inteirar 16 anos
de governo, de um projeto político que tem aliados sem os quais a gente não
teria andado e que tem o PT na condução, mas que não obrigatoriamente tem que
ter o PT na condução. Isso é uma construção que se faz, mas que passa pelo
segundo governo da presidente Dilma (Rousseff), e não por esse".
Não se sabe se é estratégia também, mas Jaques Wagner
admitiu pela primeira vez a possibilidade de o PT abrir mão de lançar candidato
a governador no ano que vem para apoiar um nome da base e citou para tal,
coincidentemente ou não, a senadora Lídice da Mata, do PSB.
"Já foi prefeita da capital, é senadora e tem
musculatura eleitoral". A senadora, por sua vez, condiciona sua
candidatura à de Eduardo à presidência.
Apesar da insistência e da oferta, por ora, Eduardo Campos
não está disposto a seguir os conselhos do amigo governador da Bahia.
Com informação do Portal BR 247