BLOG DO EDINHO SOARES: MORRE DEIVISON KELLRS, GRANDE GUERREIRO DO BREGA PERNAMBUCANO

domingo, 19 de agosto de 2018

MORRE DEIVISON KELLRS, GRANDE GUERREIRO DO BREGA PERNAMBUCANO

Deivison Kellrs era vocalista da banda Torpedo desde 2012 (Foto: Reprodução/TV Globo)
O brega pernambucano sofreu neste domingo (19) uma grande perda. Vocalista da Banda Torpedo, Deivison Kellrs faleceu às 15h50, vítima de complicações de um câncer de fígado. O primeiro comunicado de falecimento partiu da amiga e cantora Michelle Melo, que escreveu no seu perfil do Instagram estar abalada pela “perda de um grande guerreiro”. A morte foi depois confirmada às 16h05 pelo assessor da banda, Silvano Melo, que não informou detalhes sobre velório e sepultamento.

Desde o dia 10 de agosto Deivison havia passado a respirar com a ajuda de aparelhos e uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) foi montada no quarto do hospital em que ele estava instalado. O cantor foi internado no dia 4, após sentir dores intensas consequentes de um câncer de fígado, no mesmo dia em que um evento beneficente foi realizado por artistas da cena do brega com objetivo de arrecadar dinheiro para o tratamento de Deivison.

Grande guerreiro do brega pernambucano

A trajetória musical de Deivison começou há cerca de sete anos, já no início da Banda Torpedo. Antes disso, o artista trabalhava como garçom na Região Metropolitana do Recife (RMR). Até 2016, ele dividiu os vocais da banda com Thayara Andreza, a primeira vocalista da Torpedo.

A música que inseriu a Banda Torpedo em uma das mais famosas e queridas do brega pernambucano foi Como a Culpa é Minha (2011), na qual Deivison interpreta um homem que foi traído. Outros sucessos são Diz Na Minha Cara, Nosso relacionamento, Foi Amor e Revanche. Amor, paixões e relacionamentos são os principais temas das composições da banda.
Confira o clipe de Diz na Minha Cara:

Um dos principais marcos da banda em quesito de discografia foi um DVD ao vivo gravado em 2013 no Clube Português, localizado no Derby, área central do Recife. A Torpedo já lançou 31 músicas e pelo menos 11 clipes oficiais no Youtube.
Em 2016, por conflitos internos, a banda sofreu um racha e a vocalista Thayara Andreza saiu. A artista Francyne Roper entrou no seu lugar e, atualmente, além dela, Luiza Ketilyn e Júnior Diechkman compartilham os vocais da banda.

Em entrevista ao OP9 antes da realização do evento “Todos com Deivison Kellrs”, que teve como objetivo arrecadar dinheiro para o tratamento de Deivison, orçado em R$ 12 mil mensais, Francyne disse que o cantor sempre a apoiou. Ela contou ter sofrido rejeição do público no início, por causa do apego que os fãs tinham com Thayara.

“Ele sempre me disse para não desistir e a gente ficou amigo muito rápido”, conta Francyne. Uma das músicas mais sentimentais da Torpedo, interpretada por Deivison e Francyne, é Fase Ruim, lançada em 2017. A canção fala sobre superação em relacionamentos amorosos, tendo como refrão “Isso é só uma fase ruim/Não acabe com a gente assim/Meu amor não me deixe…”.

Apesar de falar de uma relação a dois, a música Fase Ruim ganhou uma interpretação coletiva e virou praticamente a trilha oficial de apoio ao tratamento de Deivison, diagnosticado com câncer de fígado em julho de 2017, mesmo período da sua última participação em um show. Para o público, o cantor revelou estar doente apenas no mês de outubro.

Durante shows da Torpedo, a música Fase Ruim marca um momento para os fãs lembrarem de Deivison. Em entrevista ao Tás Aonde?, programa da TV Clube, Francyne Roper interpretou a música sem Deivison e contou que Fase Ruim é, de fato, uma espécie de relicário do cantor.
Confira uma das vezes em que Francyne e Deivison interpretaram a música juntos no programa Tás Aonde?, da TV Clube, uma emissora do Sistema Opinião.

Outra perda

Em novembro de 2017, além de lutar contra o câncer de fígado, Deivison e os outros integrantes da Torpedo precisaram lidar com uma perda. O baixista Duda Bass foi vítima de um Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Menos de um ano depois, Deivison faleceu por consequências de um câncer de fígado. Ele deixa uma família que acompanhava ativamente seu tratamento, além de um filho ainda criança.

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