Nem mesmo a Justiça escapa da bandidagem. Não é Rio de Janeiro, São
Paulo, Recife ou outra grande cidade do Brasil. É aqui mesmo em Bom Jardim,
cidade do interior de Pernambuco, distante 110 Km da capital. Uma ex-cidade
pacata, de paz e sossego. A manhã desta quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018,
foi surpreendente para os poucos funcionários da Comarca de Justiça local. O
prédio foi invadido pela bandidagem. Os trabalhos de atendimento ao público
foram suspensos, as autoridades do Judiciário foram informadas do acontecido, a
perícia técnica foi chamada para fazer o trabalho científico na busca de
encontrar pelo menos um fio de cabelo, uma impressão digital, resto de saliva
ou até uma pegada do invasor. Toma bandido, foi mexer logo com a "Justiça".
Quem será que foi fazer este serviço? O que queria o invasor (es)?
Imagina encontrar armas, drogas, dinheiro, objetos de valor? Queria levar algum
processo? Será descoberto quem fez o mal feito?
Hoje, Bom Jardim, tem poucos funcionários efetivos do TJPE, o juiz e a
promotora para enfrentar mais de cinco mil processos encalhados ao longo de
anos e uma demanda de situação as mais diversas. O prédio não tem vigilante
para fazer a guarda patrimonial. Dependente de servidores conveniados com
prefeituras para fazer por exemplo, serviço de limpeza e outros trabalhos
burocráticos. O trabalho em comarca do interior não é nada parecido com o
trabalho dos "doutores" de Brasília ou dos "chefões" dos
tribunais das capitais. Aqui é tudo regrado, contado, faltoso, sem regalias
para os mortais da base. Os servidores ganham salários baixos. As condições de
trabalho não são boas como muita gente imagina e sonha. Não há privilégios. Há
sempre muito por fazer, metas, cobranças, trabalho excessivo, o como fazer bem
feito para atender as demandas da população, os interesses da cidadania, a
verdadeira justiça para todos conforme a Constituição Federal.
Reportagem/Professor Edgar Bom Jardim - PE
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