O Ministério da Educação (MEC) prorrogou novamente o prazo para estados e
municípios aderirem ao Programa Mais Alfabetização, criado para apoiar escolas
no processo de alfabetização dos estudantes do primeiro e do segundo anos do
ensino fundamental. O novo prazo termina na próxima quinta-feira (22).
A adesão deve ser feita por meio do Sistema Integrado de Monitoramento,
Execução e Controle (Simec). Para as escolas, o prazo de adesão vai até 23 de
fevereiro. A expectativa é atender a 4,2 milhões de alunos em aproximadamente
200 mil turmas em todo país.
Segundo o MEC, serão investidos R$ 200 milhões no pagamento de
assistentes pedagógicos para auxiliar os professores em sala de aula. Os
candidatos a assistente devem, obrigatoriamente, passar por um processo de
seleção elaborado pelos municípios.
O Mais Alfabetização faz parte da Política Nacional de Alfabetização,
lançada pelo MEC em 2017 para combater a estagnação dos baixos índices
registrados pela Avaliação Nacional de Alfabetização. O conjunto de iniciativas
terá investimento total de R$ 523 milhões.
Adesões
O MEC ainda não tem um balanço sobre o número de adesões, mas a pasta
explicou que a prorrogação de prazo é normal quando se trata de estados e
municípios. “Principalmente quando se abre um novo programa, onde os municípios
ainda precisam se familiarizar com um novo processo, como no caso do Mais
Alfabetização”, informou a pasta. Esta é a segunda vez que o ministério
prorroga o prazo de adesão ao programa.
O presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime),
Alessio Costa Lima, lembrou que a primeira prorrogação de prazo foi feita a
pedido da própria entidade ao MEC, por causa da quantidade de municípios que
ainda não tinham conseguido fazer a adesão. “Temos um grande número de gestores
que precisavam conhecer melhor o programa, e pediram mais tempo para o
processo”. Segundo ele, em Minas Gerais muitos municípios solicitaram o
adiamento.
Costa Lima acredita que o número de adesões vai ser superior a 80%.
“Nosso interesse é ter todos os municípios participando do programa. É um
programa que só vem a somar, pois sabemos que a alfabetização precisa de um
acompanhamento quase individualizado, e com o assistente pode otimizar mais o
tempo do professor. É o tipo de apoio que nunca é demais”.
Da Agência Brasil
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