Nesse processo, o candidato dependerá da
articulação política do seu apoiador em cada município. Para ter sucesso em sua
candidatura, o candidato precisará que seus apoiadores, espalhados pelo Estado
ou País, consigam fazer uma transferência de votos favoráveis. Isso acontece
por duas vias: oposição e situação de cada município.
Um fato importante a ser considerado, é que
de acordo com o cientista político e pesquisador, Alberto Almeida, no livro “A
cabeça do eleitor”, há um padrão estabelecido na transferência de votos, de um
político para um candidato. Este padrão que pode ser verificado em cada
eleição, por meio de pesquisas, mostra que quanto maior a aprovação de um
governo, maior a transferência de votos para os candidatos por ele apoiado. O
mesmo acontece quando o governo tem uma baixa aprovação, que para os
especialistas seria abaixo dos 40%, o que inviabilizaria uma boa transferência
de votos. Deve-se levar em conta ainda o percentual de rejeição do político;
quanto maior, menor a transferência de votos.
Quando o assunto é oposição, o mesmo padrão
pode ser percebido, considerando que aquele político que melhor lidera um grupo
oposicionista é o que sempre ocupa o segundo lugar nos números de votos
transferidos, quando o governo é bem avaliado. Ainda segundo Alberto Almeida,
isso acontece principalmente se o político tiver uma identidade clara do seu
posicionamento enquanto opositor. Ou seja, quanto mais identificado como
principal adversário do governo, maiores as chances de reunir os votos da
oposição, o que vai lhe garantir uma boa transferência de votos para os
candidatos apoiados pela sua base. Nesse contexto, o filósofo Nicolau
Maquiavel, em seu livro “O Príncipe”, já chama a atenção para o posicionamento
claro do político; situação ou oposição.
Observado isto, é seguro dizer que a pouco
mais de um ano antes das eleições, governantes e lideranças políticas precisam
intensificar as ações para reforçar seus posicionamentos políticos em seus
municípios, a fim de fortalecerem suas identidades, construindo uma boa base
eleitoral para direcionar o máximo possível de votos para os seus candidatos
apoiados.
Em raras exceções, os resultados eleitorais
fogem desse padrão.
Sobre Júnior Campos
Paraibano, graduado em letras, especialista em Assessoria em Comunicação e Marketing Político, consultor em comunicação política e governamental na Assessoria1, membro da ABCOP, realiza palestras, treinamentos, cursos e oficinas no campo da comunicação, com experiências em campanhas municipais e estaduais.
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