O caso aconteceu em Jundiaí, no interior de São Paulo, e veio a tona na última quinta-feira, 27
No final de semana do dia 22 de maio, um
jovem de 13 anos estava vendendo doces em um semáforo na região do Retiro em
Jundiaí, no interior de São Paulo. Naquele dia, parecia que ele tinha tirado a
sorte grande: vendeu R$ 100 de trufas para apenas uma pessoa.
Uma motorista parou o menino e comprou uma
quantidade enorme de guloseimas, — tudo o que estava vendendo —, entregando-o
uma nota de cem reais. Nota de valor grande que fez com que o adolescente
ficasse extremamente feliz, ao conseguir tal valor em apenas uma venda.
No entanto, o final não seria feliz para o
jovem. Não foi até a última quinta-feira, 27, que ele percebeu que tratava-se
de uma nota falsa. Para comprovar o que estava pensando, foi até um
supermercado localizado na região para que os funcionários pudessem testar a
veracidade do papel.
Em entrevista ao portal do G1, o segurança
do estabelecimento, Sandro Moraes, disse que estava no mercado quando o menino
pediu ajuda. Ele ficou comovido com a situação e publicou fotos nas redes
sociais, buscando ajuda financeira para o jovem.
Quando entrou no estabelecimento, ele
perguntou ao segurança se a nota era falsa. “Na hora que peguei já vi que era.
Era uma falsificação muito grosseira. Era a mesma coisa de ter colocado numa
impressora e feito uma cópia. Ele deve ter ficado feliz com a venda e não percebeu",
explicou Moraes ao G1.
Quando o garoto pediu ajuda no mercado,
inúmeros testes foram feitos na nota por um fiscal, mas não foi muito difícil
de entender que se tratava de uma nota falsificada. Um exemplo simples é que
não havia ao menos marca d’água no papel usado como dinheiro.
"Por dentro era um papel branco”,
disse o funcionário do local. “O olho dele encheu de lágrima e ficou o
sentimento de impotência. Coloquei a história nas redes sociais para as pessoas
ajudarem”, completou, comovido com a história do jovem.
Ainda que estivesse passando por uma
situação complicada, o menino pensou em deixar a nota no local, para que servisse
de exemplo para os funcionários do caixa, por exemplo. Ele não queria que mais
pessoas passassem pelo mesmo problema.
O segurança ainda disse: “Foi honesto, não
agiu de má-fé e ainda quis ajudar o pessoal. Acredito que a pessoa que repassou
será difícil achar, mas, quando colocar a cabeça no travesseiro, vai bater a
consciência”.
"Ele já pegou [notas falsas] algumas
outras vezes e rasgamos quando percebemos que tinha algo errado. Também não
posso afirmar que a motorista tenha feito isso de maldade, porque ela também
pode não ter percebido", afirmou a mãe do jovem, que preferiu manter-se
anônima, também ao G1.
A mulher explicou ao portal que o filho
gosta de vender as trufas para conseguir uma renda própria, mas que estuda em
um colégio perto do semáforo onde faz as vendas. "Eu sempre sei onde meu
filho está e às vezes ele compra alguns alimentos para a casa com o dinheirinho
dele", disse.
Como informou o portal de notícias, nenhum
boletim de ocorrência foi registrado mesmo após a confirmação da nota
falsificada. A história foi repercutida pela mídia e viralizou nas redes
sociais na última semana.
Por/ISABELA BARREIROS, SOB SUPERVISÃO DE
THIAGO LINCOLINS
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