A partir deste mês, os tributos sobre
as bebidas frias - refrigerantes, cervejas, energéticos e isotônicos – subirão
10% em média. O Diário Oficial da União publicou ontem o decreto que
regulamenta o novo modelo de tributação para o setor.
De acordo com a Receita Federal, o
repasse para os preços finais, no entanto, dependerá de cada fabricante. A lei
com as mudanças na incidência e na cobrança de tributos havia sido publicada em
janeiro, mas precisava ser regulamentada para entrar em vigor.
Até agora, o Imposto sobre Produtos
Industrializados (IPI), o Programa de Integração Social (PIS) e a Contribuição
para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) eram cobrados com base em um
sistema que cruzava uma tabela fixa de preços, o volume e a embalagem da
bebida. Além de ter a complexidade criticada pelos fabricantes, o sistema
exigia que a Receita Federal atualizasse periodicamente a tabela de preços que
servia de base para as alíquotas.
Com o novo modelo as alíquotas serão
fixas, e incidirão sobre o preço do produto. As bebidas frias pagarão 2,32% de
PIS e 10,68% de Cofins na fabricação e na importação. As vendas no varejo
pagarão 1,86% de PIS e 8,54% de Cofins. Cobrado na produção, o IPI
corresponderá a 6% para cervejas e a 4% para as demais bebidas frias.
O decreto publicado hoje estabeleceu
o conceito de cerveja especial e de chope especial, que pagarão menos IPI e
PIS/Cofins. Comerciantes em início de atividade também serão beneficiados com
desconto nas alíquotas.
De acordo com a Receita Federal, as
alíquotas não eram atualizadas há dois anos. O governo espera arrecadar mais
com o novo modelo. A expectativa é que a mudança acarrete receitas extras de R$
868 milhões em 2015, R$ 2,05 bilhões em 2016, R$ 2,31 bilhões em 2017 e R$ 3,26
bilhões em 2018.
Agência Brasil
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