Criadores de bovinos do município de
Orobó estão retirando as doses de vacina contra a febre aftosa. O medicamento
está disponível na Secretaria Municipal de Agricultura, cada criador recebe as
doses gratuitamente pela prefeitura para imunização de animais até 24 meses.
A Secretaria de Agricultura fica
localizada no Sítio Caraubas. A iniciativa faz parte da segunda etapa da
Campanha de Vacinação contra Febre Aftosa, que dura ate o dia 30 de maio em Orobó. A
primeira etapa ocorreu com sucesso, quando foram vacinados mais de 3 mil
animais.
Na avaliação do Secretário de
Agricultura, Sebastião Barbosa, o maior benefício de todo esse trabalho é
tornar efetivamente igualitário o negócio pecuário e oferecer aos criadores de
Orobó as mesmas condições dos demais municípios. “Essa distribuição e incentivo
a vacinação é um demonstrativo do quanto o prefeito Chaparral está preocupados
com o homem do campo, reafirmando o compromisso do município com todos os
criadores. A prevenção contra a febre aftosa é um empenho integrado entre,
município e produtor rural”, disse Sebastião Barbosa.
A febre aftosa
A febre aftosa é uma doença
infecciosa causada por vírus. Ela atinge animais de cascos bipartidos, como
bovinos, bubalinos, ovinos, caprinos e suínos. É uma doença altamente
contagiosa que possui sete soros imunologicamente distintos, são eles: A, O, C,
SAT1, SAT2, SAT3 e Asia 1, sendo que no Brasil encontramos apenas os tipos A, O
e C.
O vírus é altamente contagioso e pode
ser transmitido através da baba do animal, que contém grande quantidade de
vírus. O sangue dos animais infectados também contém grande quantidade de vírus
durante a fase inicial da doença. O vírus dessa doença é muito resistente,
podendo resistir por meses na medula óssea do animal (mesmo depois de morto),
no pasto, na farinha de ossos e no couro.
A doença também pode ser transmitida
por contato indireto, através de alimentos, água, ar, pássaros e humanos que
cuidam dos animais, e que podem levar os vírus em suas mãos, roupas ou calçados,
e infectar animais sadios.
Sintomas
Os primeiros sintomas apresentados
pelo animal são febre alta e perda do apetite, seguidos de aftas na boca, na
gengiva ou na língua, e principalmente por feridas nos cascos ou nos úberes. O
animal baba muito, contaminando todo o ambiente e tem grande dificuldade para
se alimentar e para se locomover, em razão das feridas nos cascos. A produção
de leite, o crescimento e a engorda ficam prejudicados. A intensidade da doença
é variável, mas sabe-se que ela atinge mais animais jovens, principalmente os
que estão em aleitamento.
O tratamento dessa doença é feito com
a total desinfecção do local, fervura ou pasteurização do leite destinado ao
consumo humano ou de outros animais, tratamento com medicação nas feridas dos
animais e tratamento com tônicos cardíacos em animais com muita fraqueza.
No Brasil, a prevenção dessa doença é
feita por meio de vacina obrigatória aplicada de 6 em 6 meses, a partir do
terceiro mês de vida do animal. A vacinação é obrigatória a todos os criadores
de animais, de forma que as recomendações do fabricante com relação à dosagem,
prazo de validade, modos de conservação, entre outros, sejam obedecidas.
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