BLOG DO EDINHO SOARES: ARTESÃ DE OROBÓ ESTARÁ NA ALAMEDA DOS MESTRES DA 19ª FENEARTE 2018 - A MAIOR FEIRA DE ARTESANATO DA AMÉRICA LATINA

quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

ARTESÃ DE OROBÓ ESTARÁ NA ALAMEDA DOS MESTRES DA 19ª FENEARTE 2018 - A MAIOR FEIRA DE ARTESANATO DA AMÉRICA LATINA

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Dona Damiana estará na Alameda dos Mestres da 19ª FENEARTE 2018 - A maior Feira de Artesanato da América Latina, representando todas artesãs da Renda Frivolité de Orobó
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Breve histórico:

Para driblar as adversidades no campo, muitas mulheres que trabalhavam na agricultura passaram a procurar alternativas para complementar a renda; e o artesanato acabou se tornando uma opção para muitas agricultoras, a ponto de algumas delas terem largado o campo para se dedicar à nova profissão em tempo integral. É o caso de Dona Damiana Maria de Lima, especialista em renda frivolité. “Eu faço toalha de mesa, colchas, passadeiras, vestido de noiva, pano de bandeja, entre outros trabalhos. Todo tipo e roupa. O processo não utiliza agulha, só linha, tesoura e criatividade”, brinca. Tipo de renda francesa também conhecida como espiguilha e rendilha, o frivolité surgiu no início do século 19 e é composto basicamente de nós e laços, unidos em forma de anéis ou arcos.

Dona Damiana aprendeu o ofício aos 13 anos ainda na escola. “Eu era agricultora, nascida e criada na roça e, infelizmente, havia época em que o que a gente colhia mal dava para comer. Mas depois que comecei a trabalhar com artesanato, vim morar na cidade, em Orobó. A minha casa ainda tem um terreno onde planto milho e feijão, pois quem é agricultor não esquece de cultivar a terra. Mas, hoje minha atividade é o frivolité”, informa. Damiana revela que trabalha sozinha, mas que suas irmãs e sobrinhas também viraram artesãs. Aliás, na cidade onde vive, foi criada há quase duas décadas a Associação Comunitária das Artesãs de Orobó. “Graças a Deus já sou aposentada, mas mesmo assim dou continuidade às minhas atividades. Eu gosto de fazer frivolité, já faz parte do meu dia a dia”, avisa. Damiana vende seus produtos em feiras itinerantes e expõe na Fenearte, além de repassar sua arte para futuras gerações. “Já ensinei a muitas pessoas, em comunidades carentes. Fico muito realizada e até hoje eu ensino”, conclui.

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