Familiares e amigos da estudante de pedagogia da Universidade Federal de
Pernambuco (UFPE), Remís Carla Costa, de 24 anos, acompanharam o enterro da
jovem, na manhã deste domingo (24), véspera de natal, no Cemitério Campo Santo,
na cidade de Paulista, no Grande Recife. O corpo da estudante deixou o prédio
do Instituto de Medicina Legal (IML), no bairro de Santo Amaro, e seguiu direto
para o enterro, pois a família decidiu não fazer um velório, devido ao avançado
estado de decomposição em que o corpo foi encontrado.
Durante o enterro, membros de movimentos sociais prestaram homenagem com
depoimentos sobre a estudante, painéis com a imagem grafitada de Remís, flores
e tambore. Enquanto esperavam a chegada do corpo no cemitério, que não pode ser
velado devido ao avançado estado de decomposição, militantes gritaram: “Remís
Costa, presente na luta”. Sobre a relação com o namorado, amigos afirmam que
ela sofria com agressões constantes e estava muito assustada.
Estavam no sepultamento o Reitor da UFPE, Anísio Brasileiro e
pró-reitora, Ana Cabral que afirmaram que toda ajuda será oferecida para a
família e amigos de Remís. “A Universidade dará a solidariedade completa, o
apoio emocional aos amigos e familiares de Remís. A Universidade ficará sempre
atenta, nós temos uma campanha em defesa da democracia, somos contra toda forma
de violência”, disse Anísio.
A jovem morreu ao ser asfixiada pelo namorado, o pedreiro Paulo César de
Oliveira Silva, 25, que confessou o crime em depoimento nesse sábado (23). De
acordo com o Delegado Élder Tavares, titular da Delegacia de Desaparecidos e
Proteção à Pessoa, a versão do jovem foi diferente daquela fornecida no
primeiro depoimento.
Por TV Jornal
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