Os três policiais militares que participaram do socorro a Cláudia da
Silva Ferreira, de 38 anos, no Morro da Congonha, em Madureira, no
Subúrbio do Rio, foram presos após a morte da mulher, arrastada pelo
carro após ter caído do porta-malas.
A auxiliar de serviços gerais
foi atingida no rosto e nas costas durante operação policial de combate
ao tráfico de drogas na região. De acordo com testemunhas, Cláudia foi
colocada no porta-malas do carro da polícia para ser levada ao hospital.
Durante o trajeto, o porta-malas abriu e Claudia caiu, sendo arrastada
pela rua por vários metros. A PM abriu um inquérito para investigar os
fatos.
Um vídeo de um cinegrafista amador mostra a mulher sendo arrastada por cerca de 250 metros. Cláudia da Silva Ferreira teria ficado pendurada no para-choque do veículo apenas por um pedaço de roupa.
Os PMs disseram que a mulher ainda estava com vida quando foi levada para o Hospital Carlos Chagas, em Marechal Hermes, mas não resistiu. Já a Secretaria de Saúde do Estado informou que ela chegou à unidade já sem vida. O relações-públicas da Polícia Militar, tenente-coronel Cláudio Costa, lamentou a tragédia e disse que a mala do carro da PM vai passar por uma perícia para saber se ocorreu algum problema mecânico que destrancou a porta durante o trajeto até o hospital ou se foi apenas imperícia.
De acordo com o tenente-coronel, a PM faz o transporte de feridos e com isso salva vidas, mas esse procedimento não é o correto. Segundo Cláudio Costa, o certo é que o socorre às vítimas seja prestado por uma ambulância, mas no caso de Cláudia, disse ele, dificilmente uma ambulância chegaria ao local. Os policiais, completou o relações-públicas, deveriam ter acomodado Cláudia no banco de traseiro da viatura.
Revoltados, os moradores protestaram contra a ação da polícia. Dois ônibus foram queimados e a Avenida Ministro Edgar Romero foi bloqueada. Segundo os moradores, Cláudia foi baleada pelos policiais do 9º BPM, que subiram o morro atirando. O irmão da vítima, Júlio César Silva Ferreira, disse que a família vai processar o Estado pela forma com que os policiais socorreram Claúdia. "Ela foi jogada no carro de qualquer maneira", afirmou ele revelando ainda que estava confuso com a morte da irmã.
Juçara da Silva Ferreira, também irmã de Cláudia, disse que viu os policiais colocarem armas ao lado do corpo de um homem que também foi baleado na comunidade. "Vou sentir falta dela", disse Juçara. Claúdia era auxiliar de serviços gerais do Hospital Marcílio Dias e estava casada há 20 anos com o vigia Alexandre da Silva. O casal tem quatro filhos e cuidavam ainda de mais outros quatro sobrinhos. Claudia e Alexandre completaria em setembro 20 anos de casamento.
Os três policiais envolvidos, dois subtenentes e um soldado, vão responder a inquérito aberto hoje pela PM para investigar os fatos. Os três estão presos no Batalhão Especial Prisional (BEP). Os agentes estão sendo ouvidos na 2ª Delegacia de Polícia Militar Judiciária e serão autuados. As armas usadas na ação no Morro da Congonha foram recolhidas e entregues à Polícia Civil. O delegado Julio Cesar Pyrrho, da 29ª DP (Madureira), solicitou ainda que o carro utilizado no transporte de Claudia passasse por uma perícia.
Todos os direitos reservados: JB- Jornal do Brasil
Um vídeo de um cinegrafista amador mostra a mulher sendo arrastada por cerca de 250 metros. Cláudia da Silva Ferreira teria ficado pendurada no para-choque do veículo apenas por um pedaço de roupa.
Os PMs disseram que a mulher ainda estava com vida quando foi levada para o Hospital Carlos Chagas, em Marechal Hermes, mas não resistiu. Já a Secretaria de Saúde do Estado informou que ela chegou à unidade já sem vida. O relações-públicas da Polícia Militar, tenente-coronel Cláudio Costa, lamentou a tragédia e disse que a mala do carro da PM vai passar por uma perícia para saber se ocorreu algum problema mecânico que destrancou a porta durante o trajeto até o hospital ou se foi apenas imperícia.
De acordo com o tenente-coronel, a PM faz o transporte de feridos e com isso salva vidas, mas esse procedimento não é o correto. Segundo Cláudio Costa, o certo é que o socorre às vítimas seja prestado por uma ambulância, mas no caso de Cláudia, disse ele, dificilmente uma ambulância chegaria ao local. Os policiais, completou o relações-públicas, deveriam ter acomodado Cláudia no banco de traseiro da viatura.
Revoltados, os moradores protestaram contra a ação da polícia. Dois ônibus foram queimados e a Avenida Ministro Edgar Romero foi bloqueada. Segundo os moradores, Cláudia foi baleada pelos policiais do 9º BPM, que subiram o morro atirando. O irmão da vítima, Júlio César Silva Ferreira, disse que a família vai processar o Estado pela forma com que os policiais socorreram Claúdia. "Ela foi jogada no carro de qualquer maneira", afirmou ele revelando ainda que estava confuso com a morte da irmã.
Juçara da Silva Ferreira, também irmã de Cláudia, disse que viu os policiais colocarem armas ao lado do corpo de um homem que também foi baleado na comunidade. "Vou sentir falta dela", disse Juçara. Claúdia era auxiliar de serviços gerais do Hospital Marcílio Dias e estava casada há 20 anos com o vigia Alexandre da Silva. O casal tem quatro filhos e cuidavam ainda de mais outros quatro sobrinhos. Claudia e Alexandre completaria em setembro 20 anos de casamento.
Os três policiais envolvidos, dois subtenentes e um soldado, vão responder a inquérito aberto hoje pela PM para investigar os fatos. Os três estão presos no Batalhão Especial Prisional (BEP). Os agentes estão sendo ouvidos na 2ª Delegacia de Polícia Militar Judiciária e serão autuados. As armas usadas na ação no Morro da Congonha foram recolhidas e entregues à Polícia Civil. O delegado Julio Cesar Pyrrho, da 29ª DP (Madureira), solicitou ainda que o carro utilizado no transporte de Claudia passasse por uma perícia.
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