Um homem foi preso na última sexta-feira
(21) acusado de extorquir uma mulher em Paulista, na Região
Metropolitana do Recife. Robson Raphael Barreto Martins, de 19 anos,
usava um perfil falso no Facebook para chantagear a vítima, de
identidade preservada. Ele cobrava R$ 4 mil e pedia favores sexuais para
não divulgar fotos íntimas da moça. O jovem casado, com esposa grávida,
foi encaminhado ao Cotel, em Abreu e Lima. O caso foi registrado pela
Delegacia de Crimes Cibernéticos, que efetuou sua primeira prisão em
dois meses de funcionamento.
Depois de uma semana sendo extorquida, a
vítima fez a denúncia à polícia. Ela e Robson não tinha qualquer
ligação. O jovem usava um perfil falso com o nome de Bernardo Valente
para conversar com a moça. Ele possuía as fotos íntimas dela e chegou a
enviar à mulher algumas imagens para provar que detinha o material
comprometedor. O jovem ameaçava divulgar as fotografias entre os amigos
da mulher e na internet, caso ela não transasse com ele e ainda pagasse a
quantia de R$ 4 mil em 15 dias.
Ciente do caso, a polícia investigou a
vida do suspeito e marcou o desfecho para a última sexta. Um encontro
entre Robson e a mulher no Terminal Integrado da PE-15. Para esse
encontro, a moça deveria levar os R$ 4 mil e seguir com o acusado em um
táxi para um motel, onde eles teriam uma relação sexual. Robson
esperaria a vítima dentro do táxi.
Ao confirmar que o jovem realmente
estava em um táxi, no terminal, a polícia abordou Robson. Ele chegou a
se fazer de desentendido, mas após ser revistado, os policiais
encontraram um cartão de memória com ele. O jovem foi autuado em
flagrante pelo crime de extorsão e, se for condenado, pode pegar até 10
anos de prisão.
Nas conversas entre Robson e a vítima, o
acusado se desculpava pelo "atitude indecente" que cometia, mas queria
resolver tudo na paz. "Não quero te maltratar como qualquer ogro", dizia
Robson em uma das mensagens trocadas via Facebook.
Apesar de boa parte da história estar
esclarecida, a polícia ainda não sabe como Robson conseguiu as imagens
da vítima. Obviamente, ele não revelou, em depoimento. O delegado
Leonardo Gama lida com duas hipóteses criminais. O jovem pode ter
invadido o celular da moça ou recebido as imagens de outras pessoas. Os
dois casos podem agravar a situação dele, no caso de condenação.
Esta é a primeira prisão efetiva
realizada pela jovem Delegacia de Crimes Cibernéticos. Em dois meses, a
unidade tem 60 crimes já registrados, onde correm suas respectivas
investigações.
Publicação/Blog do Edinho Soares - Todos os direitos reservados ao JC Online/Repórter Valéria Oliveira
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