O deputado do PMDB, Eduardo Cunha, foi
cassado no Conselho de Ética por 450 votos a favor da cassação contra 10.
A cassação foi motivada por quebra do
decoro parlamentar. O deputado foi acusado de mentir à CPI da Petrobras ao
negar, durante depoimento em março de 2015, ser titular de contas no exterior.
Na sessão desta segunda, o advogado de
Cunha e o próprio deputado foram à tribuna da Câmara para apresentar a defesa.
Eles reafirmaram que Cunha não tem contas no exterior.
Com a decisão do plenário, Cunha,
atualmente com 57 anos, fica inelegível por oito anos a partir do fim do
mandato. Com isso, está proibido de disputar eleições até 2026. Assim, ele só
poderá se candidatar novamente aos 67 anos.
Além disso, perderá o chamado “foro
privilegiado”, isto é, o direito de ser processado e julgado somente no Supremo
Tribunal Federal (STF). Com isso, os inquéritos e ações a que responde na
Operação Lava Jato deverão ser enviados para a primeira instância da Justiça
Federal.
Caberá ao próprio STF definir se esses
inquéritos e ações serão enviados para o juiz Sérgio Moro, que conduz a Lava
Jato no Paraná, ou para outro estado onde possam ter ocorrido os supostos
crimes imputados ao agora ex-deputado.
Reportagem/Yahoo Notícias
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