Cerca de 2,5 mil pessoas, segundo a Polícia Militar, participam de um
protesto na tarde do último sábado, 01, na Avenida Paulista, em São Paulo, que
pede o impeachment da presidente Dilma Rousseff e a intervenção militar no
País. Gritos como "Viva a PM" são entoados pelos manifestantes.
Há, entretanto, faixas e cartazes com as mais variadas mensagens, que
vão de "Intervenção militar já" a "PT é o câncer do
Brasil". O protesto, que teve início no vão livre do Masp, segue no
sentido Paraíso, e fecha parte da avenida.
O ato é escoltado pela PM, que organizou uma operação para eventuais
confrontos. Dois pelotões da Tropa do Braço ficaram posicionados nas ruas
laterais ao Masp. O protesto foi organizado pela internet e teve a confirmação
de 100 mil pessoas.
"Se você acha que democracia é isso que temos aqui, então sou a
favor da volta do militarismo", disse o investigador de polícia, Sergio
Salgi, de 46 anos. Ele foi ao protesto carregando uma faixa com os dizeres
"SOS Forças Armadas".
Para o investigador, a melhor chance de tirar Dilma no poder seria
lançar a candidatura do deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) à Presidência,
nome apoiado por ele. "A melhor chance é só com o Bolsonaro. Mas não teve
como", disse Salgi. Em entrevistas, Bolsonaro já antecipou sua intenção de
ser candidato à Presidência em 2018.
O filho de Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro (PSC), que se elegeu deputado
federal por São Paulo, participou da manifestação. O deputado discursou sobre o
único carro de som do ato. "Ele (Jair Bolsonaro) teria fuzilado Dilma
Rousseff se fosse candidato este ano. Ele tem vontade de ser candidato mesmo
que tenha de mudar de partido", afirmou Eduardo, ao prever que o pai terá
dificuldades em lançar seu nome à Presidência pelo PP.
Por-Ricardo Chapola/Estadão
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