Prefeitos apreensivos

 A disputa pela presidência da Amupe vem ganhando contornos que poucos imaginavam, depois dos 10 anos que José Patriota esteve no cargo e do consenso firmado na última eleição, entre Marcelo Gouveia (Podemos) e Márcia Conrado (PT). Os dois, agora, estão dispostos a se enfrentar e outros candidatos também entraram no páreo: os prefeitos de Aliança, Pedro Freitas (PP), e de Petrolândia, Fabiano Marques (Republicanos), além do ex-presidente da Amupe e ex-prefeito de Escada, Jandelson Gouveia (PL).

Essa divisão vem incomodando os eleitores, que são os prefeitos pernambucanos, e a torcida é que seja feito um acordo antes do dia 27 de fevereiro, quando ocorrerá a eleição. "Deve ter algum interesse acima das questões municipais que não estão bem claros. Sou prefeito pela quinta vez e nunca vi isso. Os prefeitos deveriam se reunir para conversar e debater sobre o que é melhor para a Amupe", disparou Roberto Asfora (PP), de Brejo da Madre de Deus.

Orlando Jorge (Podemos), de Limoeiro, lamenta o que vem acontecendo. "Lamento essa postura de se colocar a eleição de 2026 numa instituição que tem de construir a unidade em torno no municipalismo. É sofrível ver todo dia surgindo um candidato", observou. Outro que se mostra inconformado é Mano Medeiros (PL), de Jaboatão. "A nossa pauta é o municipalismo, mas o que estamos vendo são movimentos partidários e pessoais. Isso é muito ruim para a Amupe. O melhor caminho é o consenso e alguém terá que recuar em nome da importância dessa instituição que luta pelos municípios", aconselha.

CANDIDATURAS CONTESTADAS

As múltiplas candidaturas demonstram contestação ao ex-prefeito de Paudalho, Marcelo Gouveia, de querer continuar presidente da Amupe. Jandelson Gouveia, ao se lançar, é como se quisesse dizer: "Se Marcelo pode, então eu posso também". Há quem avalie que Márcia Conrado já teve a chance dela e que Pedro Freitas seja um projeto do Partido Progressistas.

Reportagem: Blog Dantas Barreto