Segundo uma fonte do governo envolvida no
grupo de trabalho criado há duas semanas e coordenado pela Advocacia-Geral da
União (AGU), em caso de uma possível falência da Oi, 2.051 municípios
brasileiros serão prejudicados da noite para o dia. A eventual falência atinge
locais que representa 37% do total de cidades do país, onde só a Oi opera em
telefonia fixa, celular ou banda larga e áreas atendidas por outras teles e
provedores que usam apenas a infraestrutura da empresa carioca.
Esse “caladão” nos serviços de telefonia e
internet (voz e dados) pode afetar 46 milhões de linhas de celular, 14 milhões
de telefones fixos e cinco milhões de pontos de acesso à banda larga. O
objetivo do documento é criar esforços para evitar que a Oi entre em processo
de falência. Para isso, a AGU está liderando as conversas entre a Agência
Nacional de Telecomunicações (Anatel), a Justiça e possíveis investidores para
buscar uma solução conjunta entre credores e Conselho de Administração, que vêm
se desentendendo com a diretoria executiva da Oi. A empresa está em recuperação
judicial desde junho do ano passado e até agora não conseguiu aprovar seu plano
de reestruturação. A assembleia de credores prevista para ontem foi adiada para
o dia 6 de novembro a pedido de credores, como bancos públicos, instituições
financeiras privadas e fundos detentores de títulos. O objetivo é dar tempo
para que se crie nova proposta de consenso.
O
Globo
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