O jornalista Jorge Bastos Moreno, colunista
do Globo, morreu no início da madrugada desta quarta-feira (14), no Rio de
Janeiro, aos 63 anos. Moreno morreu à 1h, de edema agudo de pulmão decorrente
de complicações cardiovasculares, conforme informou o Globo.
Um dos mais respeitados repórteres
políticos do Brasil, Moreno nasceu em Cuiabá e viveu em Brasília desde a década
de 1970. Há 10 anos morava no Rio.
Moreno tinha mais de 40 anos de carreira.
Trabalhou no jornal O Globo por cerca de 35 anos, onde chegou a dirigir a
sucursal de Brasília. Seu primeiro grande furo de reportagem foi no “Jornal de
Brasília”: a nomeação do general João Figueiredo como sucessor do general
Ernesto Geisel. Durante o impeachment do presidente Fernando Collor, em 1992,
quando a própria CPI do PC procurava uma prova cabal que ligasse o presidente
aos cheques de “fantasmas” que vinham do esquema PC, foi Moreno que revelou que
um Fiat Elba de propriedade do presidente tinha sido comprado pelo “fantasma”
José Carlos Bonfim.
Uma informação que ainda não era do
conhecimento nem do relator da CPI, deputado Benito Gama, nem de seu presidente
Amir Lando. A manchete do Globo selava o destino do presidente. Moreno venceu o
Prêmio Esso de Informação Econômica de 1999 com a notícia da queda do então
presidente do Banco Central Gustavo Franco e a consequente desvalorização do
real. No fim da década de 1990, estreou sua coluna de sábado. Publicada até o
último sábado (10), passou há alguns anos a levar o nome do próprio Moreno.
Desde 10 de março, comandava o talk show
"Moreno no Rádio", na CBN, às sextas-feiras à tarde. Era também o
âncora do programa "Preto no Branco", do Canal Brasil. E mantinha
aparições frequentes na GloboNews. Também em março, lançou o livro “Ascensão e
queda de Dilma Rousseff”. É autor de "A história de Mora - a saga de
Ulysses Guimarães", lançado em 2013.
Por/Magno Martins
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