A Capela de São Sebastião do Bairro Manoel Aprígio em Orobó, foi o ponto de partida da Procissão de Ramos neste domingo, (13).
Os peregrinos fizeram uma grande concentração e em seguida saíram em procissão até a Matriz de Nossa Senhora da Conceição, para a celebração da Santa Missa do domingo de Ramos.
O Domingo de Ramos abre
por excelência a Semana Santa. Relembramos e celebramos a entrada triunfal de
Jesus Cristo em Jerusalém, poucos dias antes de sofrer a Paixão, Morte e
Ressurreição. Este domingo é chamado assim porque o povo cortou ramos de árvores,
ramagens e folhas de palmeiras para cobrir o chão onde Jesus passava montado
num jumento. Com folhas de palmeiras nas mãos, o povo o aclamava "Rei dos
Judeus", "Hosana ao Filho de Davi", "Salve o
Messias"... E assim, Jesus entra triunfante em Jerusalém despertando nos
sacerdotes e mestres da lei muita inveja, desconfiança, medo de perder o poder.
Começa então uma trama para condenar Jesus à morte e morte de cruz.
O povo o aclama cheio
de alegria e esperança, pois Jesus como o profeta de Nazaré da Galiléia, o
Messias, o Libertador, certamente para eles, iria libertá-los da escravidão
política e econômica imposta cruelmente pelos romanos naquela época e,
religiosa que massacrava a todos com rigores excessivos e absurdos.
Mas, essa mesma
multidão, poucos dias depois, manipulada pelas autoridades religiosas, o
acusaria de impostor, de blasfemador, de falso messias. E incitada pelos
sacerdotes e mestres da lei, exigiria de Pôncio Pilatos, governador romano da
província, que o condenasse à morte.
Por isso, na celebração
do Domingo de Ramos, proclamamos dois evangelhos: o primeiro, que narra a
entrada festiva de Jesus em Jerusalém fortemente aclamado pelo povo; depois o Evangelho
da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, onde são relatados os acontecimentos do
julgamento de Cristo. Julgamento injusto com testemunhas compradas e com o
firme propósito de condená-lo à morte. Antes, porém, da sua condenação, Jesus
passa por humilhações, cusparadas, bofetadas, é chicoteado impiedosamente por
chicotes romanos que produziam no supliciado, profundos cortes com grande perda
de sangue. Só depois de tudo isso que, com palavras é impossível descrever o
que Jesus passou por amor a nós, é que Ele foi condenado à morte, pregado numa
cruz.
O Domingo de Ramos pode
ser chamado também de "Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor", nele,
a liturgia nos relembra e nos convida a celebrar esses acontecimentos da vida
de Jesus que se entregou ao Pai como Vítima Perfeita e sem mancha para nos
salvar da escravidão do pecado e da morte. Crer nos acontecimentos da Paixão,
Morte e Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo, é crer no mistério central
da nossa fé, é crer na vida que vence a morte, é vencer o mal, é também
ressuscitar com Cristo e, com Ele Vivo e Vitorioso viver eternamente. É
proclamar, como nos diz São Paulo: '"Jesus Cristo é o Senhor", para a
glória de Deus Pai' (Fl 2, 11).
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