A taxa média de juros para famílias no crédito livre chegou a 39,4% ao ano, aumento de 2,2 pontos percentuais em relação a dezembro
As famílias e as empresas pagaram taxas de juros mais altas em janeiro,
de acordo com as Estatísticas Monetárias e de Crédito divulgadas hoje (25),
pelo Banco Central (BC). A taxa média de juros para famílias no crédito livre
chegou a 39,4% ao ano, aumento de 2,2 pontos percentuais em relação a dezembro.
Já a taxa média para as empresas cresceu 3,5 pontos percentuais, alcançando
15,2% ao ano.
No segmento de pessoas físicas, o aumento foi, em parte, influenciado
pelo crédito pessoal não consignado, que teve alta de 10,9 pontos percentuais
no mês, alcançando 85,4% ao ano. De acordo com o chefe do Departamento de
Estatísticas do BC, Fernando Rocha, nesse caso, há o impacto das concessões de
crédito que são feitas em dezembro pelos bancos estaduais aos servidores, a
taxas reduzidas. “Então, isso reduz a taxa em dezembro e aumenta em janeiro,
quando não tem essa operação específica”, explicou.
Os juros do crédito consignado caíram 0,3 ponto percentual para 18,9% ao
ano. A taxa do cheque especial chegou a 119,6% ao ano em janeiro, aumento de 4
pontos percentuais em relação a dezembro de 2020.
Os juros médios do rotativo do cartão de crédito também influenciaram a
alta do crédito para as famílias. A taxa chegou a 329,3% ao ano, com alta de 1,5
ponto percentual em janeiro.
No caso do rotativo regular, quando o cliente paga pelo menos o valor
mínimo da fatura, a taxa chegou a 311,7% ao ano, aumento de 9,8 pontos
percentuais. Já a taxa do rotativo não regular (dos clientes que não pagaram ou
atrasaram o pagamento mínimo da fatura) caiu 5,5 pontos percentuais em relação
ao mês anterior e chegou a 342,2% ao ano.
O rotativo é o crédito tomado pelo consumidor quando paga menos que o
valor integral da fatura do cartão. O crédito rotativo dura 30 dias. Após esse
prazo, as instituições financeiras parcelam a dívida. Nesse caso, no cartão
parcelado, a alta foi de 12,6 pontos percentuais, com a taxa de juros ficando
em 161,5% ao ano.
De maneira geral, segundo Rocha, a alta dos juros também ocorreu em razão do aumento das taxas pelos bancos. Para continuar lendo, clique AQUI! (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)
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