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domingo, 21 de julho de 2019

VENTANIA ARRANCA TELHAS E ARRASTA MESAS E CADEIRAS EM PORTO DE GALINHAS

Apac registrou rajadas de 32 km/h, sendo que a média local é de 7 km/h. Aviso de chuva forte foi emitido na sexta (19) pela agência e valia até a manhã deste sábado (20).

Uma ventania arrancou telhas e arrastou mesas e cadeiras de estabelecimentos em praias como Porto de Galinhas e Muro Alto, em Ipojuca, Litoral Sul, neste sábado (20). Segundo o meteorologista Fabiano Prestrêlo, da Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac), foram registradas rajadas de vento quatro vezes mais velozes do que o normal na região. (Veja vídeo acima)

Foram registradas rajadas de 8,8 metros por segundo na manhã deste sábado pela Apac, o que é equivalente a ventos de 32 quilômetros por hora. A média local é de dois metros por segundo - 7 quilômetros por hora.

“Uma lona ou telha voar é comum para rajadas de vento como essas. É um sistema anticiclônico que está situado na região Centro-Oeste. A parte Norte deste fenômeno provoca ventos com direção de Leste para Oeste. Então, intensifica o sistema de ventos aqui de Pernambuco e também traz bastante umidade do oceano”, explicou o meteorologista. (Veja vídeo abaixo)


Dono de um restaurante na orla de Porto de Galinhas, o empresário Alexandre Ramos está viajando e recebeu uma ligação do gerente do espaço contando o que aconteceu.

“Foi por volta das 8h30. Uma rajada forte de vento. Arrancou tudo. Guarda-sol, umas luminárias que ficavam penduradas do lado de fora, toda a ornamentação que a gente usa no restaurante, mas não provocou danos maiores”, conta. Uma porta de vidro de um estabelecimento próximo caiu devido ao vento.

Com essa velocidade, os ventos registrados em Pernambuco têm classificação de brisa forte, de acordo com a escala Beaufort, que classifica a intensidade dos ventos, tendo em conta a sua velocidade e os efeitos resultantes das ventanias no mar e em terra.

“No mar, podem ser observadas ondas de até 2,5 metros de altura. Os ventos estão mais fortes no Litoral Sul”, afirma Fabiano Prestrêlo.

O fenômeno não é considerado incomum nesta época do ano. “Também aconteceu no ano passado e no ano retrasado. Não é tão incomum assim. Esses meses de julho e agosto são considerados os meses onde as temperaturas são mais baixas e os ventos mais fortes”, observa Prestrêlo.

O meteorologista explica que a escala Beaufort tem 12 classificações de intensidade de vento. Ventos entre 29 e 39 quilômetros por hora estão na classificação cinco, que é considerada brisa forte. Seguindo essa escala, são consideradas tempestades quanto ocorrem ventos de 103 a 117 quilômetros por hora.

“A tempestade provoca mar revolto com ondas de até 11 metros de altura, podendo inclusive virar alguns navios pequenos. Na terra, estragos generalizados em construções até mais robustas de alvenaria. O furacão teria ondas de até 14 metros de altura. A visibilidade fica praticamente nula. Provoca estragos graves e generalizados nas construções. Mas a possibilidade de um evento como esse ocorrer aqui no Nordeste é muito pequena”, diz.

Alertas da Apac e Marinha

Na última quinta-feira (18), a Marinha do Brasil emitiu um alerta de ondas com altura entre 3 metros e 4 metros entre os estados da Bahia, ao norte de Salvador (BA), e de Pernambuco, ao sul do Recife. O alerta vale até o domingo (21) pela manhã. O boletim foi emitido pelo Centro de Hidrografia da Marinha (CHM)

A Apac também emitiu um aviso meteorológico de fortes chuvas, valido até as 11h deste sábado, associadas ao sistema frontal que vem se deslocando sobre parte do Nordeste do Brasil, alertando que o mar devia ficar agitado e que rajadas de vento deveriam ser observadas.
Por G1 PE

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