A vacina contra a
dengue desenvolvida pelo Instituto Butantã, do governo de São Paulo, está em
análise prioritária, mas não tem prazo para liberação, informou nesta
quarta-feira, 22, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O órgão
confirmou que o Butantã protocolou no dia 10 deste mês o pedido de autorização
para iniciar a terceira fase dos estudos clínicos. "O processo permanece
em análise pela equipe técnica", informou em nota.
O governador Geraldo
Alckmin (PSDB) quer a antecipação dos testes clínicos com a imunização de
voluntários em locais de alta incidência por acreditar que ajudaria o Estado a
combater a epidemia de dengue. Segundo ele, os testes já realizados comprovaram
a eficácia e a segurança da vacina. O Butantã dispõe de pelo menos 13 mil doses
para aplicação imediata e a terceira fase de testes seria feita em ambiente
controlado, segundo o governo paulista.
Na última sexta-feira,
17, depois de se encontrar com pesquisadores do Butantã, o ministro da Ciência,
Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo, disse que pediria à Anvisa para agilizar a
autorização da terceira fase de testes clínicos da vacina da dengue. Rebelo se
comprometeu a falar a respeito com o ministro da Saúde, Arthur Chioro.
A assessoria do Ministério da Saúde informou que o ministro
estava em Cuba tratando do programa Mais Médicos. De
acordo com a nota da Anvisa, o processo de liberação da vacina contra a dengue
desenvolvida pela Sanofi Pasteur está mais adiantado. "Vale informar que a
Sanofi entrou com pedido de registro e já concluiu as três fases de pesquisas
clínicas." Segundo a Anvisa, o pedido da Sanofi também está em análise
prioritária. A agência não deu previsão para a liberação.
Diferentemente da
vacina do Butantã, que pode ser ministrada em dose única, a da Sanofi exige a
aplicação de três doses, uma a cada seis meses. O
combate ao mosquito da dengue chega às estradas de São Paulo. A Agência Reguladora de Transporte do Estado de São Paulo
(Artesp) e as 19 concessionárias de rodovias realizam um mutirão para
identificar e retirar eventuais focos de criadouros do inseto ao longo da malha
paulista. As equipes das concessionárias serão orientadas por agentes da
Superintendência de Controle de Endemias (Sucen), da Secretaria da Saúde do
Estado. O mutirão será estendido a rodoviárias e ônibus intermunicipais, com
apoio da Federação e do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do
Estado de São Paulo. Painéis eletrônicos nas rodovias já informam sobre os
cuidados com a dengue. As praças de pedágio ganharam cartazes e distribuição de
folhetos.
Reportagem/José Maria Tomazela
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