A falta de chuvas na região de influência da Barragem de Jucazinho,
localizada em Surubim, vem afetando o volume do manancial, que está hoje com
apenas 2,78% da sua capacidade, o que corresponde a pouco mais de 9 milhões de
metros cúbicos de água – do total de 327 milhões de metros cúbicos. Com o baixo
nível de água no reservatório e na tentativa de preservar o atendimento de 11
cidades da região, até o período de inverno, a Compesa precisou alterar o
calendário de abastecimento para a população desses municípios.
Os técnicos da Compesa estão monitorando Jucazinho e realizando cálculos
para retirada do volume de água com o objetivo de não deixar as cidades sem
atendimento pela rede de distribuição. A população de Surubim há pelo menos
dois meses tem sentido os efeitos do baixo nível da barragem. A água que chegou
nas torneiras nos últimos ciclos de abastecimento tem apresentado uma cor
escura. A Compesa explica que a coloração da água é decorrente de uma reação
química provocada pela alta concentração de metais ocasionada pelo pouco volume
acumulado, mas que apesar da cor barrenta a água está clorada e não oferece
riscos à saúde da população.
O novo calendário de abastecimento já está em vigor, no entanto, ainda
não está disponível no site da Compesa. Os municípios de Passira, Cumaru e
Riacho das Almas passaram a ter um regime de distribuição de oito dias com água
e 22 dias sem. Já nas cidades de Surubim, Casinhas, Salgadinho, Santa Maria do
Cambucá, Frei Miguelinho, Vertentes, Vertente do Lério e Toritama o rodízio de
abastecimento agora é de 11 dias com água e 19 dias sem o abastecimento. A
expectativa, com esse novo calendário, é garantir o abastecimento de água até o
período de chuvas na região, que ocorre entre os meses de abril e julho.
O oitavo ano consecutivo de seca afetou drasticamente de Jucazinho, que é
o maior reservatório de abastecimento humano do interior do Estado e
responsável pelo atendimento de 240 mil pessoas nessas 11 cidades. Jucazinho
entrou em colapso em setembro de 2016 e vem apresentado baixos índices de
acumulação, tendo em vista que as chuvas registradas na região não foram
suficientes para recuperar o manancial. A última vez que a barragem verteu foi
em maio de 2011.
Do Correio do Agreste
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