Em Casinhas, no Agreste de Pernambuco, a atual gestão conseguiu recuperar a saúde financeira do município, porém, mesmo realizando grandes obras e com dinheiro em caixa, a Prefeitura depende da Câmara de Vereadores para aprovar um projeto de suplementação orçamentária de 16% e poder dar seguimento às ações administrativas — valendo ressaltar que os dois gestores anteriores de Casinhas sempre tiveram, ao longo de seus respectivos mandatos, a aprovação de 40% de suplementação.
Há vários dias o projeto tramita na Casa Manoel Veiga de Lira e Silva sem qualquer avanço. Dela dependem serviços essenciais e de grande importância que são ofertados pela Prefeitura de Casinhas nas áreas de saúde, educação, desenvolvimento social e infraestrutura, a exemplo da distribuição de medicamentos nos postos de saúde e realização de exames, oferta da merenda nas escolas, entrega de cestas básicas, autorizações para pavimentação asfáltica, manutenção e piçarramento das estradas após as últimas chuvas, entre vários outros serviços. A Prefeitura também não vai poder efetuar o pagamento do décimo quarto salário dos funcionários da saúde neste mês de junho.
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Na sessão ocorrida na tarde desta quarta-feira (08.06), lamentavelmente, a Câmara Municipal, presidida pelo vereador Átilla Barbosa — que integra a bancada de oposição denominada de G6 —, apesar dos inúmeros apelos públicos feitos pela prefeita Juliana de Chaparral, optou por não colocar o projeto de suplementação na pauta para votação. Apenas três parlamentares se posicionaram favoráveis à aprovação da suplementação: Edlúcia Ulisses, Nivaldo Silva e Everaldo Barbosa.
A chefe do executivo chegou, inclusive, a mobilizar a população a comparecer à sessão de hoje, sendo atendida. Um grande número de pessoas estiveram acompanhando a sessão, fora e dentro do parlamento, que ficou lotado. Diante da convocação da prefeita, a direção da Casa Legislativa chegou a solicitar a presença de policiais na reunião, o que não ocorreu em algumas recentes reuniões, igualmente acaloradas e que contaram com a presença de grande público convocado pela oposição, como bem observou em pronunciamento o vereador Nivaldo Silva.
O fato é que, com a decisão de não colocar
o referido projeto de suplementação em pauta para votação e aprovação, diversos
serviços públicos serão paralisados, uma vez que o município de Casinhas tem
dinheiro, mas não tem o orçamento necessário aprovado pelos vereadores para
poder efetuar os pagamentos.
Reportagem: Fala PE
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