Rifado pelo MDB, que decidiu continuar na base da Frente Popular, o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, se mantém firme no desejo de ser candidato ao governo do estado. Para isso, ele tem se articulado em busca de uma nova sigla. O senador Fernando Bezerra Coelho (MDB) deve seguir o caminho do filho, e há chance dos dois migrarem juntos para o DEM, partido de outros dois filhos de FBC e irmãos de Miguel, o deputado estadual Antônio Coelho e o deputado federal Fernando Filho.
“Tenho certeza que Miguel Coelho teria uma
contribuição a fazer dentro do DEM”, assinalou o deputado estadual Antônio
Coelho (DEM), em entrevista com a Rádio Clube AM 720. Apesar da especulação,
ele ressaltou que caberá a Miguel anunciar em qual sigla ele entrará. Nesta semana,
o prefeito de Petrolina viajou para Brasília, se encontrando com o presidente
estadual do PDT, Wolney Queiroz. “Foi uma conversa boa que pode gerar uma
aliança estadual no futuro", comentou Miguel sobre a conversa.
O encontro gerou expectativa dentro da base
dos Coelhos. Segundo o deputado Antônio, a ligação entre o DEM, possível futuro
partido de Miguel, e o PDT, geraria lucro para as duas siglas. “O PDT poderia
estar mais bem servido se fizesse parte de um projeto político com mais
envergadura e tivesse nessa chapa alguém que garantisse um palanque para o seu
presidenciável”, comentou, apesar do DEM ainda não ter se posicionado em um
cenário nacional, ainda podendo registrar candidatura própria. Além da
liderança do PDT, o até então emebedista também está conversando com figuras do
DEM, PP e Podemos, ao que tudo indica, Coelho não demorará a ter uma nova toca
para disponibilizar o seu nome para o governo.
Oposição
Em Pernambuco, além de Miguel Coelho, a
prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB), também tem demonstrado intenção de pôr
seu nome para a corrida eleitoral. Apesar de não falar abertamente sobre o
tema, a prefeita já declarou sua disponibilidade para concorrer pelo
governo.Dentro do ninho dos tucanos, a aposta é o nome de Lyra para liderar a
chapa da oposição. O ex-senador Armando Monteiro (PSDB) afirmou nesta semana ao
Diario que a candidatura da tucana seria uma “missão” para o partido. Além
disso, o próprio DEM também tem a possibilidade de compor uma chapa com a
tucana, tendo a deputada estadual Priscila Krause como vice, o que poderia dar
um nó nas intenções de Miguel dentro do partido, caso ele escolha entrar na
sigla.
O terceiro pré-candidato da oposição,
Anderson Ferreira (PL), prefeito de Jaboatão dos Guararapes, também tem se
movimentado, ainda que mais discretamente do que os colegas. Neste último final
de semana, o Liberal se encontrou com o deputado estadual Álvaro Porto (PTB),
que exaltou o nome de Anderson para o governo. Apesar desse aceno, ainda não
foi descartada a possibilidade de Ferreira abrir mão da candidatura para apoiar
um dos colegas da oposição, quem ele escolhesse apoiar, Raquel ou Miguel,
ganharia a força da “maioria” dentro do grupo.
Além das possibilidades dentro de uma chapa
com os três prefeitos, ainda não foi descartada a chance da oposição apresentar
mais de uma candidatura no ano que vem. Entretanto, esse caminho arriscaria
entregar um possível segundo turno para candidatos da esquerda, como ocorreu
nas eleições da prefeitura do Recife em 2020. Os pré-candidatos e suas siglas
ainda estão em debates e planejamento de estratégia, a previsão é que até o
final do ano haja um posicionamento oficial.
Por: Ananda Barcellos – Diário de
Pernambuco
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