A Polícia Federal deflagrou nesta quinta, 23, a Operação Alquimia, a
primeira ação que investiga desvio de recursos relacionados à Covid-19, para
apurar indícios de irregularidades na compra de livros pela Prefeitura de
Aroeiras, no interior da Paraíba, com recursos do Fundo Nacional de Saúde.
Segundo a corporação, a aquisição se deu por meio de procedimentos de
inexigibilidade de licitação, sob o argumento de auxílio na disseminação de
informação e combate à pandemia do coronavírus.
A PF afirma que livros e cartilhas similares aos que foram comprados pela
prefeitura estão disponíveis gratuitamente na página do Ministério da Saúde na
internet. Além disso, segundo a corporação, a CGU apontou que um dos livros foi
adquirido pelo Município por cerca de 330% acima do valor comercializado na
internet, o que gerou um superfaturamento de R$ 48.272,00.
Cerca de 20 policiais federais e de 3 auditores da Controladoria Geral da
União cumpriram três mandados de busca e apreensão na residência de um
investigado, em uma empresa, e na Prefeitura. As ordens foram expedidas pela 6ª
Vara Federal de Campina Grande.
A operação tem apoio da Controladoria Geral da União (CGU), do Ministério
Público Federal (MPF), do Ministério Público do Estado da Paraíba e do Tribunal
de Contas do Estado.
Segundo a PF, os investigados podem responder pelos crimes de
inexigibilidade indevida de licitação e peculato, cujas penas somadas podem
chegar a 17 anos de prisão.
A corporação afirmou que o nome da operação, Alquimia, tem relação com o
fato de que um aquisição de livros feita pela Prefeitura ocorreu justamente no
período de combate ao novo coronavírus e sob o pretexto de enfrentamento da
Covid-19.
“O nome faz uma alusão à obtenção do elixir da vida, um remédio que
curaria todas as doenças, até a pior de todas (a morte), e daria vida longa
àqueles que o ingerissem”, afirmou a PF em nota. Informações do Estadão.
Reportagem/Edmar Lyra
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.