A operação do Sistema Jucazinho foi suspensa nesta tarde (12), pela
Companhia Pernambucana de Saneamento -Compesa, para possibilitar a instalação
de equipamentos que permitam captar o volume de água ainda existente na
Barragem de Jucazinho, localizada em Surubim, que atingiu o seu volume
morto. A medida é consequência da falta
de chuvas na Bacia do Rio Capibaribe, no último inverno. A Barragem de
Jucazinho é responsável pelo abastecimento de água de 15 cidades do Agreste.
Com paralisação de hoje, 11 cidades da região tiveram o abastecimento suspenso.
São elas: Riacho das Almas, Cumaru, Passira, Salgadinho, Casinhas, Surubim,
Vertente do Lério, Santa Maria do Cambucá, Frei Miguelinho, Vertentes e
Toritama. As três cidades restantes estão sendo atendidas por outro sistema.
Quando um manancial chega no estágio de volume morto não há mais como
bombear água e direcioná-la para a estação de tratamento. Por isso, para
aproveitar a água que se encontra abaixo do nível ideal de bombeamento, é
necessário instalar uma captação flutuante.
Os serviços para instalação do equipamento já foram iniciados e como o
trabalho é minucioso ainda não é possível determinar o prazo para conclusão das
atividades e retorno do abastecimento para as cidades afetadas. Os técnicos da
Compesa estimam que a ação seja concluída nos próximos dias.
A companhia pede a compreensão dos moradores das cidades atendidas pelo
Sistema Jucazinho, lembrando que os invernos dos últimos anos não foram
satisfatórios, e que a pouca existente na barragem é consequência do oitavo ano
consecutivo de seca que passa o Agreste pernambucano. O calendário de distribuição
de água será ajustado e divulgado, assim que o sistema voltar a operar.
A barragem de Jucazinho, que tem capacidade de armazenamento de 204
milhões de metros cúbicos de água, não acumulou água neste inverno e a Compesa
está utilizando ainda a água que resta, acumulada no inverno do ano passado. O
volume atual é de apenas 3,8 milhões de metros cúbicos, o suficiente, segundo a
Compesa, por apenas cinco meses.
Paula Bezerra/ Oficina de Comunicação
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