BLOG DO EDINHO SOARES: PREFEITURA DE OROBÓ FAZ CONTRATO COM O LABORATÓRIO DR. LUIZ CELSO E DISPONIBILIZARÁ VÁRIOS EXAMES GRÁTIS PARA A POPULAÇÃO

terça-feira, 6 de maio de 2014

PREFEITURA DE OROBÓ FAZ CONTRATO COM O LABORATÓRIO DR. LUIZ CELSO E DISPONIBILIZARÁ VÁRIOS EXAMES GRÁTIS PARA A POPULAÇÃO

 
O prefeito do município de Orobó, Cléber Chaparral, fecha contrato com um dos laboratórios mais conceituado da região, para diponibilizar vários exames  laboratoriais a população oroboense.
Na tarde de ontem, foi firmado o contrato, que trará mais conforto para o povo de Orobó, já que, as coletas serão realizadas na própria sede do município.

O que são exames laboratoriais

Um exame laboratorial é um conjunto de exames pedidos pelo médico, realizados num laboratório, e que tem como objetivo confirmar ou ajudar a fazer o diagnóstico de alguma doença. São também usados em check-ups de rotina, de forma a verificar se os valores estão dentro do normal.

Como é realizado um exame laboratorial

Antes de mais, é necessário recolher a amostra que vai ser analisada. Nessa primeira fase, é realizada a recolha, a manipulação e a conservação dessa amostra, para depois ser então analisada em laboratório. Os erros mais usuais neste tipo de exame ocorrem quase todos nesta primeira fase. De seguida, será então analisada a amostra, sendo hoje em dia essa análise feita por aparelhos próprios, que retiraram grande parte da margem de erro que existia antes.
Os erros próprios desta fase estão ligados a avarias ou falhas de calibração desses aparelhos, ou então, numa digitação incorreta dos dados para o documento a ser entregue ao paciente. Existem ainda outros fatores externos que poderão levar a um resultado incorreto, como a interação com outos medicamentos, o jejum, ou ainda, o metabolismo individual.

Exames de sangue

Os exames de sangue são exames laboratoriais que irão analisar amostras de sangue. Esta análise é especialmente importante, já que o sangue circula por todo o corpo, realizando várias funções, entre as quais de transporte a diversas substâncias. Assim, ao analisar-se uma amostra de sangue, poderá verificar-se se existe alguma alteração significativa sobre alguma dessas substâncias, ou se aparecem substâncias fora do normal. Ao recolher-se uma amostra de sangue no braço, pode-se saber se existe alguma doença em qualquer local do organismo. Por este motivo, os exames de sangue são os mais comuns e os mais utilizados na medicina. Seguidamente, apresentamos os principais exames de sangue.

Hemograma

Este exame irá verificar as quantidades das células sanguíneas, nomeadamente os glóbulos vermelhos, os glóbulos brancos e as plaquetas sanguíneas.
- Glóbulos vermelhos (hemácias): Se a quantidade destas células estiver muito abaixo do normal, pode indicar anemia. O exame irá concentrar-se nos valores da hemoglobina e do hematócrito. É importante perceber que uma redução dos valores normais apenas é significativo se essa redução for substancial, e a interpretação deve ser feita por um médico.
- Glóbulos brancos (leucócitos): Sendo estas as células de defesa primária do nosso organismo, qualquer alteração pode ter um significado patológico. Assim, se os valores estiverem acima do normal, geralmente significa que existe uma infecção ou inflamação no organismo, que levou ao aumento de efetivos para o seu combate. (Leia: Inflamação – O que é, Evolução, Tipos,  O que é um abscesso).
Se os valores estiverem muito acima do normal, pode dever-se a uma infeção grave. Se estiver abaixo do normal, isso será também preocupante, já que o organismo estará mais vulnerável a infeções. Existem 5 tipos de leucócitos, sendo que cada um deles terá uma função diferente. Assim, através da verificação dos valores de cada um, é possível determinar com maior exatidão o problema. Os 5 tipos de leucócitos são: linfócitos, basófilos, eosinófilos, neutrófilos e monócitos.
- Plaquetas sanguíneas: Estas células têm como função a coagulação do sangue. A elevação ou redução significativa dos seus valores podem indicar várias patologias. Assim, quando aumenta (trombocitose) o sangue fica muito denso, podendo promover o aparecimento de coágulos sanguíneos e trombos, o que pode causar tromboses. Se reduz substancialmente (trombocitopenia), a capacidade de coagulação fica posta em causa, podendo ocorrer sangramentos intensos mesmo em pequenas feridas.

Tempo de protrombina (TP ou TAP) e tempo de tromboplastina ativada (TTP ou PTT)

Este exame tem como objetivo medir a velocidade da coagulação do sangue. Quanto mais tempo demorar, mais facilmente ocorrerão hemorragias. Para realizar este teste, o exame começa por estimular as plaquetas e os fatores de coagulação, medindo o seu funcionamento e o tempo que leva até o sangue coagular. Outra forma de avaliar esta velocidade é através do INR, que já abordámos no nosso site.

Exame da Glicose

Este exame também conhecido como teste da glicose é particularmente importante em pessoas com diabetes, seja para o seu diagnóstico, seja para o controlo do seu tratamento. Neste caso a recolha de sangue deve ser realizada em jejum, no mínimo de 8 horas. Os valores abaixo de 100 mg/dl são considerados normais, entre 100 e 125 mg/dl já são considerados indicador de pré-diabetes, e acima de 125 mg/dl, é considerado diabetes.

Exame de Colesterol

O exame ao colesterol irá verificar os valores dos seguintes tipos de colesterol:
- LDL e VLDL: Colesterol “mau”, que se acumula nos vasos sanguíneos, obstruindo-os e promovendo a aterosclerose. Valores altos deste colesterol podem levar a infartos. Outra forma de verificar o valor do VLDL é através do valor dos triglicerídeos, pois este equivale ao quíntuplo do valor do primeiro.
- HDL: Colesterol “bom”, que irá eliminar o colesterol “mau” dos vasos sanguíneos. Assim, quando mais elevado estiverem os valores, mais protegidos estarão os vasos da aterosclerose.
Cada vez mais se fala menos no valor do colesterol, mas mais no valor de cada um dos tipos de colesterol. O valor do colesterol total será apenas a soma entre os dois. Assim, uma pessoa com LDL = 100, VLDL = 40 e HDL = 60, terá um colesterol igual a 200, e outra pessoa com LDL= 60, VLDL = 30 e HDL = 110, também terá um valor igual no colesterol total. No entanto, a segunda situação é bem mais saudável a primeira. Os valores de referência para controle do colesterol no sangue são:
Colesterol bom (HDL):
O valor ideal do colesterol bom (HDL) no sangue deve ser igual ou superior a 60mg/dl;
O colesterol bom (HDL) é considerado baixo quando é menor que 40mg/dl para homens e menor que 50mg/dl para mulheres.
Colesterol total:
200 mg/dl (até 29 anos);
225mg/dl (dos 30 aos 39 anos);
245mg/dl (dos 40 aos 49 anos);
265mg/dl (acima de 50 anos).
Valores iguais ou superiores a estes são classificados como Colesterol Alto.
Colesterol ruim (LDL):
O valor ideal do colesterol ruim (LDL) no sangue deve ser menor que 100mg/dl;
Valores entre 160 a 189mg/dl já é considerado Alto e
Valores iguais ou superiores a 190mg/dl já é considerado muito alto.

Creatinina e ureia

Estes exames têm como função analisar o funcionamento dos rins. Os rins têm como função filtrar o sangue, retirando e eliminando toxinas como a creatinina e a ureia. Se os valores destas substâncias estiverem acima do normal, poderá querer dizer que os rins podem não estar a funcionar corretamente. Assim, através dos valores da creatinina e da ureia é possível perceber o volume de sangue filtrado por minuto, também denominado de taxa de filtração glomerular. Se este valor estiver abaixo dos 60 ml/minuto, então poderá estar a sofrer de insuficiência renal. (Saiba mais sobre: Insuficiência Renal Crônica).

TGP (ALP) e TGO (AST)

Este tipo de exames pretende verificar a saúde das células do fígado. Assim, valores muito altos nestes dois exames podem significar que existam lesões nas células hepáticas, podendo indicar alguma hepatite (seja de origem medicamentosa, isquémica ou viral). (Leia: Hepatite – Tipos, Virais (A, B, C, D, E, G), Tóxica e Auto Imune).

Exame PCR

O PCR (Reacção em cadeia da polimerase) é uma proteína que, em casos de inflamação, terá os seus valores aumentados. Sendo assim, e se associado a um aumento dos glóbulos brancos, indicará um quadro infeccioso.  Desenvolvido em 1983 por Kary Mullis, este método é uma técnica muitas vezes indispensável em laboratórios de investigação médica e biológica para uma variedade de aplicações.
Estas aplicações incluem a amplificação e sequenciamento de DNA, análises funcionais de genes, diagnóstico de doenças hereditárias, identificação de impressões digitais genéticas (técnica utilizada em ciências forenses e testes de paternidade) detecção e diagnóstico de doenças infecciosas, etc.

Exame PSA

O PSA é uma glicoproteína de enzimas codificadas nos seres humanos pelo gene KLK3. O PSA é um membro da calicreína, relacionada com a família peptidase, e é secretado pelas células epiteliais da próstata (glândula maculina). O PSA liquefaz o sémen no coágulo seminal e permite que o esperma circule livremente. Acredita-se também ser um instrumento para dissolver o muco cervical, permitindo assim a entrada do esperma no útero.
O PSA (antígeno prostático específico) também conhecido como gama Seminoproteina ou calicreína-3 ( KLK3 ), é também uma proteína, que irá ver os seus valores aumentados no sangue durante algumas doenças, tais como infecções ou cancro da próstata. Embora o teste de PSA seja usado principalmente para detectar câncer de próstata precoce, também se aplica a outras situações.
Ao desenvolver um câncer de próstata, os níveis de PSA sobem acima de 4. Se os níveis estiverem entre 4 e 10, a probabilidade de desenvolver cancro da próstata é de 25%. Se os níveis de PSA forem superiores a 10, a hipótese de desenvolver este mesmo câncer é de 67% e aumenta consuante os níveis de PSA também aumentarem. O PSA é um marcador tumoral (imperfeito) devido à sua baixa sensibilidade (35% de falsos negativos) e da sua falta de especificidade, isto porque os níveis de PSA podem ser afetados por muitos fatores.
Os valores do PSA também aumentam com o aumento da próstata, também conhecido por hiperplasia benigna da próstata, um fenômeno que ocorre em muitos homens à medida que envelhecem. Pode também aumentar em casos de prostatite, uma inflamação da glândula da próstata, e de enfarto da próstata. Os níveis de PSA também pode aumentar lentamente com o aumento da idade do homem, mesmo que a próstata esteja perfeitamente normal e saudável.
A ejaculação pode causar um aumento temporário dos níveis de PSA, razão pela qual recomenda-se a abster-se de sexo pelo menos 2 dias antes da coleta de sangue para o teste de PSA. Ao contrário do que tem sido acreditado, o DRE (exame retal, ou exame de toque retal), não altera significativamente os níveis de PSA, e quando usados ​​em conjunto, o valor de PSA e DRE pode detectar mais de 60% ​​dos cancros da próstata que ainda não foram localizados.

Albumina

Esta é outra proteína, sendo a que existe em maior quantidade no sangue, e é um indicador nutricional. Sendo sintetizada no fígado, irá também ser usada para avaliar a função hepática, sobretudo em doentes com cirrose. A albumina é a proteína principal do plasma humano. Liga-se á água, tal como os catiões (Ca 2 + , Na + e K + ), ácidos gordos, hormonas, bilirrubina, tiroxina (T4) e farmacêuticos (incluindo os barbitúricos). A sua principal função é regular a pressão osmótica coloidal do sangue. 

Fósforo, Cálcio, Sódio e Potássio

Este exame, também denominado de eletrólitos, irá verificar os valores destes minerais no sangue. Qualquer alteração significativa, seja para cima, seja para baixo, deve ser motivo de investigação por parte do médico, pois poderá estar alguma doença por trás.

T4 livre e TSH

Estes exames servem para verificar o funcionamento da tireoide, e dessa forma, diagnosticar e controlar doenças como o hipotireoidismo e hipertireoidismo.

Ácido Úrico

Através de um exame ao ácido úrico, é possível verificar se existe risco de aparecimento da gota e cálculos renais. Esta substância é um subproduto da utilização das proteínas no organismo, sendo transportada pelo sangue para ser excretado. É necessário Jejum obrigatório de 8 horas. Aos níveis elevados de ácido úrico é dado o nome de hiperuricemia.
Causas de ácido úrico elevado: Em muitos casos, as pessoas têm os níveis elevados de ácido úrico, por razões hereditárias. A Dieta também pode ser um fator. A alta ingestão dietética de purina, xarope de milho rico em frutose ou xarope de frutose de milho e açúcar de mesa pode causar um aumento significativo dos níveis de ácido úrico. Certos fármacos, tais como a tiazida, diuréticos podem aumentar os níveis de ácido úrico no sangue, interferindo com a depuração renal. (Leia: Diuréticos –  Tipos, Efeitos Secundários, Para Que Servem e Como Funcionam).
O excesso de acumulação de soro de ácido úrico no sangue pode conduzir a um tipo de artrite (artrite gotosa) conhecida como gota (Leia: Gota e Ácido Úrico Alto – Sintomas, Tratamento, Diagnóstico e Alimentos). Esta condição dolorosa é o resultado da formação de cristais, semelhantes a agulhas, que têm como sintomas, picadas nas articulações, pele e outros tecidos. Através de um estudo realizado, descobriu-se que os homens que bebem duas ou mais bebidas adoçadas com açúcar por dia têm uma probabilidade 85% maior de desenvolver gota do que aqueles que não bebem tais bebidas com tanta frequência.
Conheça Outras doenças associadas com o ácido úrico:
Síndrome de Lesch-Nyhan (SLN): Desordem hereditária extremamente rara, que também está associada com os níveis elevados de ácido úrico. A espasticidade, movimentos involuntários, o retardo cognitivo, bem como manifestações de gota são observados em casos deste síndrome.
Doenças cardiovasculares: Embora o ácido úrico possa actuar como um antioxidante, em excesso está muitas vezes associado a doença cardiovascular.
Diabetes tipo 2: A associação de ácido úrico elevado com a resistência à insulina tem sido conhecida desde o início do século 20, no entanto, o reconhecimento dos altos valores de ácido úrico como um fator de risco para a diabetes tem sido uma questão de debate. Na verdade, a hiperuricemia sempre foi considerada uma consequência da resistência à insulina. Um estudo de acompanhamento prospectivo mostrou que os niveis de ácido úrico elevados estão associados a um maior risco de diabetes tipo 2, independente da obesidade, dislipidemia e hipertensão. (Leia: Hipertensão Arterial – Causas, Sintomas, Tratamento e Alimentos a evitar).
Síndrome metabólica: A hiperuricemia está associada aos componentes da síndrome metabólica. Um estudo sugeriu que a hiperuricemia induzida pela frutose pode desempenhar um papel patogénico na síndrome metabólica. Isto é consistente com o aumento do consumo, nas últimas décadas, de bebidas contendo frutose (tal como sumos de fruta e refrigerantes adoçados com açúcar e frutose, xarope de milho) e a epidemia da diabetes e obesidade. (Leia: Obesidade e Síndrome metabólica).
Entre outras doenças associadas está a Formação de pedras de ácido úrico, esclerose múltipla e estresse oxidativo.

VS ou VHS

Este é um exame não específico para a inflamação. Valores muito altos neste exame poderão indicar uma doença autoimune. Tem uma sensibilidade menor que o PCR.

Outros exames laboratoriais

Além dos exames ao sangue, os exames à urina e às fezes são também muito comuns.






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