A Central de atendimento aos clientes da empresa Priples, localizada na Avenida Bernardo Vieira de Melo, em Piedade, Jaboatão dos Guararapes, amanheceu de portas fechadas nesta segunda-feira. Clientes que haviam agendado atendimento se depararam com um aviso na porta, relatando que a empresa enfrenta dificuldades com o sistema bancário, mas que o problema só atinge 2% dos investidores e está sendo resolvido.
Muitos dos investidores que estiveram na sede da empresa nesta segunda relataram que o sistema está creditando o dinheiro, mas eles só podem verificar o depósito no dia 10. O patrimônio da Priples, acusada de ser uma pirâmide financeira, supera os R$ 72 milhões já bloqueados pela Justiça.
O delegado Carlos Couto, responsável pelo caso, irá apresentar detalhes das investigações, em entrevista coletiva na manhã desta segunda. No último sábado, a Polícia Civil prendeu o proprietário da empresa, Henrique Maciel Carmo Lima, 26 anos, e sua esposa e sócia Mirele Pacheco de Freitas, 22. Ele foi encaminhado para o Centro de Triagem de Abreu e Lima (Cotel) e ela, à Colônia Penal Feminina do Recife, no bairro do Engenho do Meio, na Zona Oeste do Recife. Na residência do casal, foram apreendidos cerca de 300 mil dólares e dois carros de luxo (uma Land Rover e um Camaro).
A empresa Priples diz trabalhar no sistema de marketing multinível, em que os divulgadores do produto (no caso da Priples são anúncios na internet) recebem ganhos de 60% mensais em cima do valor investido. A investigação começou há cerca de dois meses, após denúncias de participantes que não estavam recebendo a quantia prometida, e corre em segredo de justiça.
Jornal do Commercio
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