Um dos políticos mais articulados do país destaque por anos e anos na política brasileira, o senador Fernando Bezerra Coelho, como todo quadro de sucesso da sua geração, é pragmático. No caso dele, ao extremo. E o que isso quer dizer? Quer dizer o sertanejo não hesitará em abortar a candidatura do filho Miguel Coelho a governador se o atual prefeito de Petrolina não decolar nas pesquisas até o momento em que a disputa se afunilar para composição das chapas.
A Miguel, o pai deu a liberdade de andar. E
o prefeito de Petrolina tem feito seu dever de casa. É quem mais se movimenta
no sentido de consolidar seu nome para o Palácio do Campo das Princesas. Vive
mais no Recife que na sua cidade. Ontem, por exemplo, esteve com um deputado
federal, um estadual, um vereador e outros políticos. Miguel articula, cria
fato, se vende como gestor moderno, consegue espaço na mídia. A sua parte ele
faz. E faz bem feito.
Mas o prefeito de Petrolina larga em
desvantagem no comparativo aos seus principais adversários porque está muito
distante da Região Metropolitana, onde estão cerca de 40% dos votos. Pura
matemática eleitoral. Nada, entretanto, que ele não possa reverter porque é um
candidato para lá de competitivo. Além de uma gestão modelo, é muito leve,
representa o novo e tem capacidade de articulação.
Se, ainda assim, Miguel não se viabilizar é
que entra em cena o pai com uma jogada de mestre. FBC, que concorrerá à Câmara
Federal caso o filho saia para governador, passaria a ser, ele mesmo, Fernando,
candidato à reeleição em um chapa encabeçada pela deputada Marília Arraes. Com
a guinada, Fernando conseguiria agregar votos da esquerda, vindos do PT, e da
Direita, advindos do eleitorado bolsonarista. Coisas de FBC, um craque!
Do FALA PE - Fernanda Negromonte
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