Vermelha e branca de Niterói contou a história das Ganhadeiras de Itapuã
para garantir o segundo título de sua história
Viradouro levantou a taça de campeã do carnaval do Rio após homenagear as
Ganhadeiras de Itapuã
Após um jejum de 23 anos, a Unidos do Viradouro conquistou o título de
campeã do carnaval carioca de 2020. A vermelha e branca de Niterói confirmou o
favoritismo para levantar a taça durante a apuração das notas, nesta
Quarta-Feira de Cinzas, na Praça da Apoteose, que terminou com 269.6. Esse é o
segundo título da escola, sendo o primeiro conquistado em 1997. O
vice-campeonato ficou com a Grande Rio, com 269.6 pontos; seguido da Mocidade
com 269.4; Beija-Flor com 269.4; Salgueiro com 269, e Mangueira com 268.9.
A vermelha e branca superou a Grande Rio, que dominava a apuração, mas
perdeu três preciosos décimos no quesito Evolução, penúltimo a ser lido. Nesse
quesito, a Viradouro recebeu apenas uma nota 9.9, sendo descartada, o que
garantiu os redondos 30 pontos para entrar na briga pelo título. Em Harmonia,
que sacramentou a taça para Niterói, a vermelha e branca também garantiu os 30
pontos, tendo um 9.8 descartado por ser a menor nota.
Estreando com o pé direito no Grupo Especial, os carnavalescos Marcus
Ferreira e Tarcísio Zanon mostraram que são tão grandes quanto o amor da
comunidade pela escola. Desenvolvendo uma homenagem às Ganhadeiras de Itapuã, a
dupla gabaritou o quesito Enredo.
A bateria de mestre Ciça levou uma "chuva" de notas 10,
gabaritando a apuração do quesito. O auge da Furacão Vermelho e Branco foi
quando duas componentes surgiram sobre um pedestal, no meio dos ritmistas,
tocando timbal. Nessa hora, o público foi a êxtase. A performance tinha o
objetivo de exaltar a mulher, como o próprio enredo propõe.
O casal de mestre-sala e porta-bandeira, Julinho Nascimento e Rute Alves,
não perderam nenhum décimo e a conquista teve um gosto especial: é o 13º ano
que desfilam juntos e o marco de 30 anos de carnaval de Julinho, que se
completaram este ano.
Na Apoteose, a mesa da Viradouro era rodeada por tensão e, ao mesmo
tempo, euforia. Se agarrando à fé, terços e uma imagem de São Miguel acompanhavam
os integrantes da diretoria da escola. O clima de maior preocupação surgiu na
leitura das notas de Alegorias e Adereços: todas as notas recebidas foram 9.9,
deixando a Viradouro mais distante do título, o que não se confirmou depois.
Com um samba "chiclete", a vermelha e branca conquistou as
arquibancadas. A voz do público, com a letra na ponta da língua, foi um dos
pontos altos da passagem da escola de Niterói pela Marquês de Sapucaí neste
ano. Nesse quesito, a escola disputou ponto a ponto e recebeu apenas uma nota
9.9, que foi descartada.
Depois de alcançar o vice-campeonato no ano passado, em uma ascensão
meteórica - ao retornar da Série A -, a escola trouxe um desfile carregado de
luxo e inovação. O carro abre-alas foi o maior da história da Viradouro, com 50
metros de comprimento e 13 de altura. "Prelúdio das Águas", como era
chamada, simbolizava os elementos marinhos do barroco baiano, com a lenda das
águas.
Um dos momentos mais impactantes foi a apresentação da comissão de
frente. A atleta Anna Giulia, que representa a Seleção Brasileira no nado
sincronizado, fez uma performance dentro de um aquário, com 7 mil litros de
água. Apesar da surpresa, a comissão de frente recebeu duas notas 9.9, sendo
uma descartada.
Por-Ayra Rosa e Pamella Souza - jornal O Fluminense
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