Do Yahoo Notícias
As refeições do presidente Jair Bolsonaro continuam dando o que falar,
principalmente por sua simplicidade. Depois do pão com leite condensado no café
da manhã seguinte à sua eleição, em outubro passado, Bolsonaro voltou a chamar
atenção na hora de comer em Davos, na Suíça, onde participa do Fórum Econômico
Mundial.
Novamente após despistar a imprensa, Bolsonaro foi visto no self-service
de um supermercado popular da Suíça. De acordo com o Valor, que falou com o
brasileiro Simon Hecker, que estava no local, o presidente optou por um
sanduíche e uma latinha de refrigerante, bem longe dos banquetes que costumam
dar o tom nesses eventos.
Fora do mercado, cerca de dez brasileiros esperavam ansiosos pela chance
de tirar uma foto com Bolsonaro. Moradores de diversas partes da Suíça, eles se
organizaram para estar em Davos apenas para tentar ver Bolsonaro ao vivo.
Reprodução/O Globo
Em discurso, Bolsonaro promete ‘resgatar valores’ e abrir a economia do
país
Em sua fala, ele aproveitou para ressaltar que seu governo trabalhará
pela estabilidade macroeconômica e mencionou privatizações e o equilíbrio de
contas públicas.
No discurso, que durou cerca de oito minutos, o brasileiro reconheceu que
a economia do país é “relativamente fechada” ao comércio exterior e disse que
pretende mudar esse cenário. Ele também declarou que o país é o que mais
preserva do meio ambiente e que sua missão é unir a preservação com “o
necessário desenvolvimento econômico”.
“Nenhum outro país do mundo tem tantas florestas como nós. A agricultura
se faz presente em apenas 9% do nosso território e cresce graças à sua
tecnologia e à competência do produtor rural. Menos de 20% do nosso solo é
dedicado à pecuária. Essas commodities, em grande parte, garantem superávit em
nossa balança comercial e alimentam boa parte do mundo”, declarou.
“Nossa missão agora é avançar na compatibilização entre a preservação do
meio ambiente e da biodiversidade com o necessário desenvolvimento econômico,
lembrando que são interdependentes e indissociáveis”, informou Bolsonaro.
O presidente acrescentou que buscará integrar o Brasil aos outros países
do mundo, garantindo segurança jurídica das trocas comerciais internacionais e
defendendo ativamente uma reforma da Organização Mundial do Comércio (OMC) para
acabar com “práticas desleais de comércio”
Respaldo no Congresso
Em seu discurso, Bolsonaro ainda afirmou que confia que seu governo terá
respaldo no Congresso e citou o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio
Moro, como principal pessoa no governo a trabalhar no combate à corrupção.
O presidente eleito afirmou que até o final de seu mandato, o país
ocupará uma posição no ranking de melhores países para fazer negócios. “Tenham
certeza de que, até o final do meu mandato, nossa equipe econômica, liderada
pelo ministro Paulo Guedes [Economia], nos colocará no ranking dos 50 melhores
países para se fazer negócios”, disse.
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