A Agência Nacional de Energia
Elétrica (Aneel) aprovou nesta sexta-feira uma alta na taxa extra cobrada na
conta de luz, no chamado sistema de bandeira tarifária. Com isso, a conta deve
ficar mais cara, em média, 23,4% a partir de segunda-feira (2).
Haverá alta para 58
distribuidoras de eletricidade do país. Para a Eletropaulo, o aumento médio das
tarifas será de 31,9%, enquanto a Cemig terá alta de 28,8%. Para a Light, o
aumento será de 22,5%.
Essa cobrança extra é uma
consequência do uso da energia das termelétricas, que é mais cara, pelas
distribuidoras. O sistema de bandeiras tarifárias traz um custo adicional na
tarifa de acordo com a necessidade do consumo dessa energia.
As usinas termelétricas são
acionadas quando há alta no consumo e a energia gerada pelas hidrelétricas,
mais barata, não é suficiente para abastecer todo o sistema.
Alta de 83% para as bandeiras
No caso da bandeira vermelha, o
valor a ser pago pelos consumidores passa a ser de R$ 5,50 para cada 100
quilowatt-hora (kWh), ante os R$ 3 que estavam vigorando desde o início do ano,
uma elevação de cerca de 83%.
Já a bandeira amarela passará do
R$ 1,50 atual para cada 100 kWh para R$ 2,50, alta de 66%.
Bandeiras funcionarão como
semáforo
As bandeiras funcionam como um
semáforo de trânsito, com as cores verde, amarela e vermelha para indicar as
condições de geração de energia no país.
Por exemplo, quando a conta de
luz vier com a bandeira verde, significa que os custos para gerar energia
naquele mês foram baixos, portanto, a tarifa de energia não terá nenhum
acréscimo.
Se vier com a bandeira amarela, é
sinal de atenção, pois os custos de geração estão aumentando.
Já a bandeira vermelha mostra que
o custo da geração naquele mês está mais alto, com o maior acionamento de
termelétricas.
A cobrança pelo sistema de
bandeiras tarifárias vai ser dividida por subsistemas, o que quer dizer que os
consumidores de Estados do Sul podem pagar um valor diferente daqueles que
moram mais ao Norte do país. No entanto, a bandeira aplicada mensalmente será a
mesma para todas as distribuidoras de um mesmo subsistema.
Reportagem/Reuters e Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.