Com o aumento da taxa Selic para 14,25% a.a., na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), realizada na última quarta-feira (19), os juros devem ficar ainda mais caros para as pessoas que vão financiar bens como carro e imóvel. De acordo com o economista Luiz Maia, o mercado já estava se ajustando a esse aumento dos juros básicos da economia, que já era previsto pelo Banco Central (BC). Porém, com esse número, o Brasil volta a ter o maior patamar desde outubro de 2016, uma das maiores taxas de juros do mundo.
De acordo com Luiz Maia, quando se fala em aumento da taxa Selic, a princípio é uma taxa que importa para quem aplica dinheiro comprando títulos públicos pelo Tesouro Direto. Porém, por já ter sido anunciado que a Selic ia subir, a maior parte dos empréstimos já estavam mais caros. “Então, para financiar um automóvel, os consumidores já estavam encontrando taxas de juros maiores e com parcelas maiores. As parcelas ficam mais caras e o tempo de financiamento fica maior. Antes, o que se conseguia financiar em 18 meses, agora gasta 24 meses para pagar”, aponta o economista.
O economista explica que a taxa Selic é negociada entre os bancos e o governo federal. Contudo, na hora que essa taxa, que é básica, aumenta, todas as outras também devem subir. “Por exemplo, se a taxa Selic estava em 13% e vai para 14%, a taxa de financiamento do automóvel que estava em 18% vai para 20%”, destaca.
Luiz Maia ressalta que a alta da taxa Selic além de impactar as pessoas que planejam financiar um carro, também vai fazer com que financiamentos de eletrodoméstico e dos imóveis fiquem mais elevados. “No caso dos financiamentos da casa própria, muitos deles são regulados pelo governo federal. Mas o próprio governo, na hora de fixar as taxas, precisa verificar quais são as que estão sendo praticadas no mercado. Porém, quando o Banco Central sobe a taxa de juros, as taxas praticadas no mercado também sobem”, aponta. O economista explica ainda que, em relação ao financiamento de imóvel, os juros variam de acordo com a renda de cada pessoa, então deve ser uma informação avaliada pelo consumidor com os bancos antes do empréstimo.
AÇÕES DO GOVERNO FEDERAL DEVEM ELEVAR A INFLAÇÃO
Outro ponto levantado por Luiz Maia é que, no mesmo momento em que o Banco Central está tentando segurar a economia para fazer a inflação cair, o governo federal está anunciando estímulos para acelerar a economia, com ações como a criação de crédito especial para quem quer comprar casa, liberação de recursos do Fundo de Garantia Por Tempo de Serviço (FGTS) e aumento de isenção do imposto de renda.
O economista reforça que essas medidas adotadas pelo governo devem fazer com que a perspectiva para a economia brasileira continue negativa, já que estimulam a economia na hora errada. “Há uma grande chance de que a inflação não comece a ceder antes do meio do ano. Isso é um sinal muito ruim, porque acaba passando a imagem de que o Banco Central talvez tenha que subir ainda mais os juros. Já que ele está agindo sozinho, como se ele tivesse lutando uma guerra sem reforços”, exemplifica.
Ainda segundo Luiz Maia, para o mês de maio deste ano o Banco Central deve subir 0,5% ponto na taxa Selic, como já previsto, para tentar observar o comportamento da inflação no país. “Caso ela começar a cair, ele para de subir. É como se o BC tivesse tentando escolher a calibragem certa para não exagerar na dose do remédio”, aponta.
De acordo com Luiz Maia, quando se fala em aumento da taxa Selic, a princípio é uma taxa que importa para quem aplica dinheiro comprando títulos públicos pelo Tesouro Direto. Porém, por já ter sido anunciado que a Selic ia subir, a maior parte dos empréstimos já estavam mais caros. “Então, para financiar um automóvel, os consumidores já estavam encontrando taxas de juros maiores e com parcelas maiores. As parcelas ficam mais caras e o tempo de financiamento fica maior. Antes, o que se conseguia financiar em 18 meses, agora gasta 24 meses para pagar”, aponta o economista.
O economista explica que a taxa Selic é negociada entre os bancos e o governo federal. Contudo, na hora que essa taxa, que é básica, aumenta, todas as outras também devem subir. “Por exemplo, se a taxa Selic estava em 13% e vai para 14%, a taxa de financiamento do automóvel que estava em 18% vai para 20%”, destaca.
Luiz Maia ressalta que a alta da taxa Selic além de impactar as pessoas que planejam financiar um carro, também vai fazer com que financiamentos de eletrodoméstico e dos imóveis fiquem mais elevados. “No caso dos financiamentos da casa própria, muitos deles são regulados pelo governo federal. Mas o próprio governo, na hora de fixar as taxas, precisa verificar quais são as que estão sendo praticadas no mercado. Porém, quando o Banco Central sobe a taxa de juros, as taxas praticadas no mercado também sobem”, aponta. O economista explica ainda que, em relação ao financiamento de imóvel, os juros variam de acordo com a renda de cada pessoa, então deve ser uma informação avaliada pelo consumidor com os bancos antes do empréstimo.
AÇÕES DO GOVERNO FEDERAL DEVEM ELEVAR A INFLAÇÃO
Outro ponto levantado por Luiz Maia é que, no mesmo momento em que o Banco Central está tentando segurar a economia para fazer a inflação cair, o governo federal está anunciando estímulos para acelerar a economia, com ações como a criação de crédito especial para quem quer comprar casa, liberação de recursos do Fundo de Garantia Por Tempo de Serviço (FGTS) e aumento de isenção do imposto de renda.
O economista reforça que essas medidas adotadas pelo governo devem fazer com que a perspectiva para a economia brasileira continue negativa, já que estimulam a economia na hora errada. “Há uma grande chance de que a inflação não comece a ceder antes do meio do ano. Isso é um sinal muito ruim, porque acaba passando a imagem de que o Banco Central talvez tenha que subir ainda mais os juros. Já que ele está agindo sozinho, como se ele tivesse lutando uma guerra sem reforços”, exemplifica.
Ainda segundo Luiz Maia, para o mês de maio deste ano o Banco Central deve subir 0,5% ponto na taxa Selic, como já previsto, para tentar observar o comportamento da inflação no país. “Caso ela começar a cair, ele para de subir. É como se o BC tivesse tentando escolher a calibragem certa para não exagerar na dose do remédio”, aponta.
Reportagem: Agência Brasil
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