BLOG DO EDINHO SOARES: O DIÁRIO SEMANAL CRIANÇA FELIZ: A VISITA DOMICILIAR “PUBLICO ALVO’’

quarta-feira, 7 de julho de 2021

O DIÁRIO SEMANAL CRIANÇA FELIZ: A VISITA DOMICILIAR “PUBLICO ALVO’’

Periodicidade e Públicos da Visita Domiciliar
Após compreendermos a importância das visitas domiciliares para o atendimento às famílias e seu papel no Programa Criança Feliz, é necessário saber que não podemos realizá-las de forma aleatória, sem tempo suficiente e uma frequência específica. Sabe por quê? Porque a periodicidade e o tempo médio da visita são fundamentais para conseguirmos oferecer à família novos conhecimentos e potencializar os cuidados parentais dos(as) cuidadores(as) junto às crianças. Além disso, periodicidade e tempo médio nos permitem: • Conhecer a rotina da família; • Criar e fortalecer a confiança dos seus membros; • Orientar os(as cuidadores(as) nas atividades propostas; • Identificar quais ações trarão mais impactos no contexto familiar com vistas ao desenvolvimento infantil e ao fortalecimento de vínculos. É importante destacar que a peridiocidade da visita domiciliar no Programa Criança Feliz vai variar de acordo com a faixa etária da criança e do público atendido. No programa trabalhamos com três públicos específicos, sendo eles: Gestantes; Crianças de 0 a 36 meses;  Crianças de 37 a 72 meses (com deficiência)

Gestante: O principal objetivo das visitas às gestantes no contexto do PCF é promover o fortalecimento do vínculo família-bebê e do exercício da parentalidade, desde a gestação. Durante as visitas domiciliares poderão ser abordados ou observados os seguintes conteúdos: • O acompanhamento do pré-natal junto a UBS; • As transformações emocionais vividas; • A alimentação adequada e acessível; • A acolhida de dúvidas e perguntas sobre a gestão e parto; • Informações sobre a saúde bucal e o desenvolvimento gestacional, conforme orientado pelos profissionais da UBS; • Informações sobre os direitos da gestante; • Entre outros temas. Esses conteúdos poderão ser abordados a partir de atividades que possibilitem o fortalecimento de vínculo da gestante com o bebê em formação e com as demais crianças e familiares que estiverem presentes no domicílio.

Criança com deficiência (0 a 72 meses) proporciona  a autonomia da criança e o fortalecimento dos vínculos familiares, as atividades a serem desenvolvidas pelos visitadores(as) a este público são as mesmas para crianças sem deficiência, respeitando as limitações e as habilidades que cada uma apresenta. Por este público apresentar impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, você deve considerar que elas interagem nas brincadeiras ou realizam as atividades propostas no seu tempo. É importante não tratar as crianças com deficiência como incapazes, fortalecendo assim uma visão capacitista sobre as pessoas com deficiência.

Criança de 0 a 36 meses (CadÚnico) o programa estabelece como meta 04 visitas domiciliares por mês. Por que realizar visitas semanais? Estudos científicos de diversas áreas têm apontado que o período de maiores possibilidades para a formação das competências humanas ocorre nessa idade. E mais: o que o bebê aprende no início da vida tem impactos profundos no futuro. É nessa fase, chamada primeira infância, que o cérebro mais se desenvolve em termos estruturais. São os anos mais ricos para o aprendizado.   

As crianças atendidas pelo programa estão em situação de vulnerabilidade social. Como essas visitas irão contribuir para desenvolvimento infantil dessas crianças que estão em situação de ausência, privação ou violação de direitos? Pesquisas demonstram que é possível aproveitar essa janela de oportunidades, com potencial de impulsionar o desenvolvimento da criança e gerar impactos positivos no futuro dela, com pequenas mudanças de atitudes. Nos primeiros 1.000 dias da criança um aspecto importante para o fortalecimento de vínculo e do sentido de pertencimento junto ao seu núcleo familiar é o olhar. Estabelecer o vínculo por meio da troca de olhares entre a mãe e a criança durante a amamentação, por exemplo, transmite segurança e sensação de amparo.

A segurança emocional que o olhar carinhoso transmite do (a) cuidador(a) para o bebê proporcionará a formação de vínculos mais fortes e seguros. Um conjunto de ações de atenção às necessidades do bebê e da criança pequena transforma o(a) cuidador(a) em uma base segura para a criança explorar o mundo e aprender com maior rapidez. Entreter a criança colocando-a em frente a uma televisão não proporciona interação. A imagem não responde à criança. O desenvolvimento do cérebro exige um estímulo responsivo, ou seja, que envolva resposta. Outro aspecto importante é promover que as demais políticas, programas e projetos públicos sejam acessados pelas famílias atendidas.

Assim suas necessidades e direitos terão maior chance de serem efetivados.

Toda quinta-feira às 17h, tem o Programa Criança Feliz na rádio Orobó FM 105.9

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.