O radialista Gino César, 79 anos, e que
há mais de 30 anos comandava o programa policial Bandeira 2, na Rádio Jornal,
faleceu na madrugada desta terça-feira (17), após uma parada cardíaca. Gino,
também conhecido como O repórter do Bandeira 2 e que tinha, proporcionalmente,
a maior audiência do Brasil, passou mal e foi levado ao HapVida do Espinheiro,
onde acabou morrendo. O velório acontece a partir das 12h no Cemitério de Santo
Amaro, na região central do Recife. O sepultamento está marcado para as 17h no
mesmo local.
Gino já tinha sido internado no dia 11
de agosto, após sofrer um infarto. Desde então não trabalhou mais, sendo
substituído na Rádio Jornal por Eliel Alves. Ele passou vários dias na UTI, até
ser transferido para um quarto e ter alta, em setembro. No início de novembro,
teve novas complicações e voltou a ser internado.
Gino nasceu Joaquim José da Silva, em
Rio Formoso, na Mata Sul do Estado, e começou a trabalhar no rádio fazendo
rádionovela. Acabou migrando para o setor policial após um repórter da
madrugada faltar por estar doente. “Comecei e não parei mais”, diz ele, que
tinha algumas peculiaridades: escrever apenas em máquinas de datilografar
(durante os 79 anos de vida, Gino nunca usou um computador) e ter mais de uma
centena de chapéus tipo panamá. “Tem gente que nunca me viu sem chapéu. Gosto
de usá-los. O engraçado é que nunca comprei um. Todos os que tenho foram dados
por pessoas que gostam de mim”, disse, na época da entrevista. O primeiro deles
ganhou de um comissário da Delegacia de Polícia da Boa Vista. “Um dia, fui
fazer uma matéria com esse policial e ele estava com um chapéu de palha, muito
bonito. Começamos a conversar e ele acabou me dando o chapéu. Passei a usar o
tempo todo. Era mais eficiente que o crachá”.
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