TRANSFOBIA É CRIME!

Por: Verônica Valente

“Atacar Cléber Chaparral e Biu Abreu através de mim é um ATAQUE DIRETO A DEMOCRACIA, quem é bom não precisa tentar diminuir os outros, as urnas mostram a verdade.

A lei 7716/89 prevê que a prática de TRANSFOBIA E HOMOFOBIA desde 13/06/2019 passou a ser CRIME em território brasileiro com o agravante de penalidade de 2 a 5 anos de reclusão para divulgação/exposição em redes sociais com o intuito de ofender, desmoralizar e desvalorizar pessoas trans, travestis, homossexuais, lésbicas, bissexuais e as demais representações existentes no grupo LGBTQIA+.

NÃO SE TRATA AQUI DE OPINIÃO, a liberdade de expressão garantida pelos direitos civis e políticos não inclui práticas criminosas.

A DEMOCRACIA é muito importante, poder escolher e ser escolhida é crucial no MOVIMENTO DE TRANSFORMAÇÃO SOCIAL. No entanto, uma convicção/preferência política não assegura a ninguém o direito de ATACAR A INTEGRIDADE MORAL DAS PESSOAS.

SOU MULHER, PSICÓLOGA, TÉCNICA EM ENFERMAGEM, ASTRÓLOGA, ATRIZ E ACIMA DE TUDO UM SER HUMANO. Quando decidi tentar uma vaga como VEREADORA, pensei na REPRESENTATIVIDADE e acima de tudo na oportunidade de poder mostrar uma POLÍTICA JOVEM E DIRECIONADA PARA TODA A POPULAÇÃO, minhas ideias são voltadas para construir uma sociedade mais justa e igualitária para todo povo oroboense, tanto aqueles que votam quanto os que não votam em mim.

Atos como este não só atacam minha pessoa, a minha candidatura e o trabalho honesto da chapa 25 como também atacam TODAS E TODOS QUE JÁ SOFRERAM NA PELE O PRECONCEITO POR SUA COR, SEU PESO, SEU SEXO/GÊNERO, SUA ORIENTAÇÃO SEXUAL, SUA IDENTIDADE DE GÊNERO, SUA CONDIÇÃO SOCIOECONÔMICA, SUA IDADE, ALGUM TIPO DE DEFICIÊNCIA ou qualquer outra forma de violência pelo simples fato de existir.

Por isso queridas pessoas de Orobó, EU NÃO ME CALO FRENTE A ESSE CRIME.

Não sou uma mulher adulterada, ao contrário sou original o suficiente para me manter de pé quando pessoas como esse rapaz tentam diariamente me derrubar e tentar me convencer que eu não posso, que esse mundo não é meu.

Não sou uma qualquer, sou a primeira travesti laureada da Universidade Federal de Pernambuco, sou concursada pública aprovada em quatro concursos diferentes, tenho sonhos, planos e VOU CONTINUAR FIRME E FORTE LUTANDO POR UMA SOCIEDADE MAIS JUSTA E PRINCIPALMENTE POR UMA OROBÓ COM OPORTUNIDADE PARA TODAS E TODOS”!