terça-feira, 24 de abril de 2018

AFRONTA À MEMÓRIA DE EDUARDO CAMPO

Comparar Joaquim Barbosa com Eduardo Campos é uma afronta à memória do ex-governador

Setores do PSB que arrastaram Joaquim Barbosa para o partido começam a dizer que Joaquim Barbosa é um “nome capaz” de dar continuidade ao “projeto presidencial” de Eduardo Campos. É uma afronta à memória do ex-governador, que tinha ideias sobre o Brasil forjadas ao longo de uma convivência de mais de 30 anos com seu avô, Miguel Arraes. Eduardo foi seu chefe de gabinete no Palácio do Campo das Princesas, deputado estadual, líder da Oposição na Assembleia Legislativa, secretário de Governo e da Fazenda, deputado federal, ministro de estado, governador e candidato a presidente da República. Joaquim Barbosa também teve uma carreira bem sucedida, mas como membro do Ministério Público Federal e ministro da Suprema Corte. Mas ninguém sabe o que ele pensa sobre os grandes e graves problemas nacionais, e que soluções pretende propor para tentar resolvê-los. Além do mais, sabendo-se que se trata de uma pessoa difícil e incapaz de conviver com quem pensa diferente dele, é absolutamente impróprio compará-lo ao ex-governador. É legítimo que o PSB queira ter o seu próprio candidato a Presidência da República, mas não é tão legítimo assim o seu oportunismo eleitoral, indo atrás de uma pessoa que não gosta da política e cujo pensamento sobre o país é uma incógnita.  
Coluna Fogo Cruzado 

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