quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

SOBE PARA QUATRO O NÚMERO DE MORTES PROVOCADAS PELO TEMPORAL NO RIO

jose lucena/Futura Press
Uma criança morreu hoje (15) devido ao desabamento em uma casa em Cascadura, na zona norte da cidade do Rio de Janeiro. O menino, cuja idade não foi informada pelo Corpo de Bombeiros, foi levado para o Hospital Estadual Carlos Chagas, em Marechal Hermes, mas não resistiu aos ferimentos.

Ele foi a quarta pessoa a vida com as chuvas desta madrugada na cidade do Rio. Além dele, um homem de 54 anos e uma mulher de 62 anos também morreram em um desabamento de casa, no bairro de Quintino, na zona norte.

Um policial militar de 48 anos foi morto em Realengo, quando uma árvore caiu sobre o carro em que a vítima estava.

O temporal que caiu na noite de ontem (14) e madrugada de hoje (15) no Rio de Janeiro estabeleceu um novo recorde de volume de chuva em uma hora, de acordo com o serviço meteorológico Alerta Rio, ligado à prefeitura.

Segundo o Centro de Operações da Prefeitura do Rio de Janeiro, a estação Barra da Tijuca/Riocentro registrou 123,6 milímetros (mm) de chuva entre 0h e 1h de hoje, o maior volume já constado desde 1997, quando o Alerta Rio começou a armazenar os dados.

O recorde anterior, de 116,2 mm, foi registrado em Campo Grande, também na zona oeste, em 19 de março de 2000.

Em toda a cidade, choveu 75% do esperado para o mês de fevereiro. Na Barra/Riocentro, a chuva chegou a 126% do esperado. Em Jacarepaguá, até as 2h de hoje já havia chovido 150% da expectativa para fevereiro.

As chuvas fortes causaram alagamentos e desmoronamentos. A enxurrada prejudicou o transporte público e causou congestionamentos em vias expressas ainda na manhã desta quinta-feira.

Durante a madrugada, a cidade chegou a entrar em Estágio de Crise, o mais intenso em uma escala de três níveis. Nesta manhã, o alerta foi reduzido para Estágio de Atenção.

CICLOVIA DESABOU
REUTERS/Sergio Moraes
O temporal provocou o fechamento da Ciclovia Tim Maia, no trecho entre a Barra da Tijuca e São Conrado, devido ao afundamento de parte da pista, onde uma cratera de cerca de dez metros se abriu ao lado da Autoestrada Lagoa-Barra, na zona sul da cidade.

Segundo a Defesa Civil do município, técnicos do órgão e guardas municipais estão no local para evitar a aproximação de pessoas do local do afundamento. Não há registro de feridos.

Em abril de 2016, um trecho suspenso da ciclovia desabou ao ser atingido por ondas durante forte ressaca do mar matando duas pessoas.
Agência Brasil - Vitor Abdala

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